Massa com rúcula e tomate seco

Esta receita ultra-simples é o que fazemos de vez em quando, especialmente quando estamos com preguiça. Fica pronto em 10 minutos e é delicioso. Você precisa de:

  • Uma massa de tipo larga, talharim por exemplo
  • 200g de tomate seco
  • um maço de rúcula
  • parmesão

cozinhe a massa, corte os tomates e as folhas de rúcula em pedaços menores, e raspe o parmesão em raspas grossas ou, se você não tiver ralador, faça lascas finas e largas com uma faca. Quando a massa ficar pronta, misture todos os ingredientes, adicione um pouquinho de azeite de oliva ou do oleo que acompanha os tomates, e pronto! Simples, rápido e chique…

Fondue de queijo

Claro que todo mundo conhece a famosa fondue de queijo, prato nacional da Suíça, mas talvez você ache que se trata de uma receita hipercomplicada, que só consegue comer se comprar pronto naquelas caixinhas e cozinha em um aparelho especial para fondue.Você não poderia estar mais longe da verdade! É extremamente fácil de fazer, os ingredientes são simples e baratos, e não precisa de aparelho nenhum. Tudo que você precisará é um pouco de inventividade para montar o suporte da panela, por isso esta receita ganhou de alguns indivíduos de poucos escrúpulos o apelido de “fondue McGyver”. Os ingredientes são simples: 600 a 700g de queijo, pão, vinho branco, e velas tipo “réchaud”, que você encontra facilmente na Tok&Stok, por exemplo.

O queijo pode ser de qualquer tipo, desde que derreta. Queijos de tipo minas e parmesão são portanto excluídos, porque não derretem bem. Os queijos de fondue tradicionais são os gruyère, emmental e fontina, mas queijos mais básicos como queijo mussarela ou até queijo prato também funcionam. Eu costumo pegar metade mussarela (aquela bem comum mesmo, o queijo mais barato do mercado) metade gruyère ou emmental.

O pão pode também ser qualquer um, desde que você possa cortar cubinhos nele. Eu costumo comprar um desses pães italianos compridos. O vinho branco deve ser seco, mas pode ser qualquer um, o mais barato que você encontrar servirá perfeitamente. Não adianta usar um vinho muito bom porque o sabor se dissolve completamente. Para acompanhar, o vinho suíço típico é um vinho branco chamado fendant, mas algum outro branco seco combinará perfeitamente. Tomamos um vinho verde que ficou perfeito!

A receita é simples: Corte o(s) queijo(s) em cubinhos, coloque em uma panela e cubra com vinho branco. Coloque em fogo baixo, e deixe derreter lentamente, sempre mexendo com uma colher. Vai bem rápido, entre 5 e 10 minutos. Quando todo o queijo derreteu, está pronto, leve para a mesa.

Apenas cuide para não deixar a panela muito tempo no fogo, pois o queijo já vai começar a endurecer de novo. Tem que aproveitar o momento melhor para por a fondue na mesa.

Na mesa, coloque 5 ou 6 velinhas em cima de alguma tábua (para proteger a mesa), e coloque por cima uma grelha, por exemplo, como aqui, a grelha do fogão. Coloque a panela em cima.

Cada pessoa espeta um cubinho de pão num garfo, e mergulha no queijo. Na Suíça, fazem questão que quem deixar cair o pão no queijo tenha que fazer um castigo, decidido pelos outros. Depois de alguns copos de vinho branco, esse jogo fica também bem mais legal…

Você pode tranquilamente começar com pouco queijo, e, quando tudo for comido, traga a panela de volta para o fogão, adicione mais queijo e se necessário vinho, derreta e traga na mesa novamente. Pode repetir isso várias vezes, aliás fica cada vez melhor.

Nhoques de Banana da Terra na manteiga de ervas

Só porque era a única que não tinha postado nenhuma receita até agora é que logo estreio com duas!
Degustei este prato no restaurante Sinhá em Pinheiros, e pensei – “Não deve ser tão dificil de fazer. O que não é facil é achar banana-da-terra.” Mas errei, só ir na feira de produtos orgânicos no Parque da Agua Branca, aos sábados e você acha!

Bom, como eles fazem exatamente não sei, mas como fizemos, deu certo. Para umas 6 pessoas comilonas utilizamos:

  • Uma penca de umas 10 bananas-da-terra verdes (será que soa redundante, ou existem maduras?)
  • 3 ovos
  • Farinha quantidade necessária – deu umas duas canecas, mais o menos
  • Sal e pimenta do reino– aquele toque
  • Manteigaumas 100 g
  • Estragón, tomilho e, não usamos mas ficou bom quando aquela vez, sálvia.

Se descascam as bananas com uma faca bem afiada e se colocam na água fervendo até conseguir espetar elas com um garfo facilmente.
Uma vez macias, se amassam com um garfo forte, até ficar um puré. Pode se acrescentar um pouco de manteiga pra ajudar. É, mesmo assim elas são um pouco duras. Colocar os ovos um a um, e continuar amassando o puré. Neste ponto é que espolvoreio o sal e dou aquela girada legal no moedor de pimenta.

Por último, ir misturando a farinha, aos poucos, até ficar uma massa firme, pero sin perder la ternura jamás. Cortar pequenas porções de massa e formar aqueles rolinhos típicos dos nhoques. Cortar eles não muito grandes, melhor pequenos até, porque são mais durinhos dos que de batatas.

Cozinhar eles por partes, em abundante água fervendo, tirar com escumadeira e colocar já numa travessa pra levar à mesa. Nesse momento derreter uma parte da manteiga na frigideira, refogar rápidamente as ervas e acrescentar o restante da manteiga para derreter. Jorrar em cima dos nhoques , mais sal e mais um rolé de pimenta a gosto e glup!

Nós acompanhamos o plato, e ficou muito bom, com linguiças assadas. Mas também pode ser uma carne grelhada, uma salada verde, uma carne seca desfiada na manteiga de garrafa… enfim, experimente e deixe liberada sua imaginação!

Sopa de cebola

Este é um típico prato de bistrô parisense. Em qualquer lugar onde você para, no meio da noite agitada da métropole, pode ter certeza que terá como comer uma sopa de cebola bem perto. É bem fácil de fazer em casa também.

Retire a pele de 8 a 10 cebolas comuns (aquelas que tem a pele marrom, não as brancas nem as roxas), e pique eles bem fino. Em uma panela, aquece duas colheres de sopa de manteiga, acrescente uma pitada de sal, e frite a cebola até ficar bem dourada. Ascende o forno em 250°C. Passe a cebola rapidamente no liquidificador (não faz mal se sobra bastante pedaços ainda), e acrescente um meio-litro de água. Recoloque no fogo por 10 minutos.

Retire do fogo, e despeje a sopa em cumbucas individuais. Cobre a sopa com fatias de pão, de preferência amanhecido. Em cima do pão, cobre com queijo mussarela ralado grosso, ou em fatias se você não tem ralador. Coloque no forno por aproximadamente 25 minutos, ou até que o queijo tenha dourado.

Älplermakronen ou "Macarrão dos Alpes"

Foto fresquinha, do macarrão feito minutos atrás!

 

Receita fácil e saborosa, um prato típico suíço (achou que era só fondue e raclete??!!). Que tal impressionar hoje à noite? 😀

Basicamente um macarrão com… batatas e queijo! E creme de leite! Segundo nosso amigo suíço Michael, que está ali na cozinha preparando e ditando pra mim as quantidades, as pessoas por lá dizem que este é um prato pra se fazer quando se tem batatas sobrando, hehe!! Ele diz que a proporção tradicional é mais ou menos o mesmo peso em massa, batata e queijo. Mas o Michael particularmente coloca MAIS queijo!!

Então, mãos à obra!
Para 4 pessoas, colocamos pra cozinhar 4 batatas grandes em cubinhos em uma panela de 5 litros com água fria. Assim que a água ferver, vamos esperar 5 minutos e acrescentar nessa mesma panela, junto com as batatas, a massa, 400g de penne. Cozinharemos mais o tempo necessário para a massa, no caso, cerca de 10 minutos.
Numa tigela separada, você deve ter cerca de 400g de queijo ralado. Nós estamos usando um mistura de gruyère e emmenthal, pois o toque é suíço 😉 Mas creio que é possível abrasileirar ou dar o toque pessoal, de acordo com os seus queijos preferidos. Vale uma primeira tentativa com essa mistura suíça, claro! Essa mistura foi temperada com um pouco de pimenta e noz moscada moídas na hora.
Agora, uma pequena controvérsia alpina: colocar ou não um pouco de presunto cozido. Nós estamos usando, cerca de 100g, também ralado e misturado aos queijos.
Quando o macarrão finalmente estiver cozido, escorreremos a água e vamos misturá-lo ao queijo e a cerca de 250g de creme de leite fresco. Hummm!!! Assim já pode ser considerado pronto, é um jeito de serví-lo. Nós temos um porém: é possível gratiná-lo! Então nós guardamos um pouquinho do queijo para pôr por cima e metemos tudo no forno. Esperamos criar aquela linda casquinha dourada e finalmente servimos!
Vai acompanhado de purê de maçãs (!!!) ou uma saladinha e coberto por cebolas carameladas (fritinhas na manteiga).
Guten appetit!
Você sabia? Segundo fontes locais (o Michael, aqui do meu lado) essa receita surgiu como uma forma de reaproveitar sobras, e acabou tornando-se um ícone da culinária suíça.
Pelo mundo: Enquanto um suíço consome em média 20kg de queijo por ano, no Brasil, a média per capita/ano é de apenas 3kg.

Lasanha (Lacto)Vegetariana

Aaron Shaw apresenta a lasanha colaborativa. 

Esta receita é mais uma invenção da confraria (o que não quer dizer que outras mentes já não a tenham inventado também por aí!) e se tornou um estrondoso sucesso, tendo aparecido pela primeira vez para comemorar um aniversário do nosso querido amigo Sergio Amadeu. Aliás, rolou uma permuta: troca-se duas lasanhas por um computador!! A tradicional lasanha à bolognesa perdeu seu brilho e ficou de lado após os primeiros “humms” e “nhams” provocados pela concorrente.
Orgulhosamente apresentamos a famosa Lasanha Vegetariana “da Mariel”.

Nós podemos prepará-la com um ou dois molhos. O vermelho é indispensável, e o branco pode ou não ser usado, para cobrí-la e gratiná-la. Note que ela acaba tendo duas versões: a vegetariana estrita e a lactovegetariana 😀
Na verdade, vegetariana mesmo eu nunca fizemos, porque não dispenso o queijo.
O recheio é composto por camadas do saboroso molho, queijo, berinjela, cenoura e abobrinha. E massa, claro. Parece besta, não? Mas vamos aos segredos, que a gente acredita em código aberto e conhecimento compartilhado!

Você vai precisar de (aproximadamente):

1 1/2 kg a 2kg de tomates maduros (bem vermelhos!)
2 ou 3 berinjelas médias
3 ou 4 cenouras médias
2 ou 3 abobrinhas médias

alho

manjericão

garam masala
azeite de oliva

queijo mussarela (mais ou menos meio quilo)
queijo parmesão para gratinar
massa pronta para lasanha
(eu uso uma seca de cozimento rápido)

Falaremos do molho branco oportunamente.

Dois segredos importantes são:

grelhar os vegetais – nós vamos fazer lâminas não muito finas (cerca de 2mm de espessura) das abobrinhas, berinjelas e cenouras também, e, antes de usá-las para fazer camadas na lasanha, vamos dispor de uma chapa ou frigideira aquecida para grelhar rapidamente cada fatia dos dois lados. Isso vai “selar” os ingredientes, reter o sabor, e… sei lá, tô inventando! Mas fica legal, já experimentei com e sem o processo.

temperar o molho com manjericão + garam masala.E um pouco de açúcar. Já não se sabe mais como surgiu essa mistura, mas o toque todo especial e sabor inigualável creio que esteja aí, embora esta seja uma análise além do nosso alcance de seres terrenos.
Mas que diacho é garam masala? É uma mistura de temperos indiana, que leva sementes de coentros, cominhos, cardamomo, cravo-da-índia e canela, mas que evidentemente varia de cidade pra cidade, casa pra casa, etc. Eu compro ela pronta num restaurante indiano perto de casa, mas se na sua cidade não tem, você pode tentar uma receita caseira.

O molho vermelho é um “sugo” básico: aqueça azeite de oliva, coloque dois ou três dentes de alho para dourar (cuidado pra não queimá-los! Se queimar, melhor começar tudo de novo.) Acrescente os tomates, cortados em 4, de preferência sem pele, mas essa história de tirar a semente eu acho um desperdício! Deixe, toda vida, fogo brando, mexendo às vezes. Os tomates vão começar a se desmanchar, mas a idéia é que o molho fique “pedaçudo” mesmo. Nada de bater no liquidificador!
Quando estiver nesse ponto, vamos acrescentar:

um bom punhado de folhas de manjericão fresco, mal picadas,
uma colherzinha de garam massala (com o tempo você vai adaptando a dose ao seu paladar),
e uma meia colher de açúcar (eu uso o mascavo).

Pra ser bem sincera, quase sempre abro mão do sal – confio no sal dos queijos e pra mim já é suficiente – mas é aqui que o sal vai. Coloque também umas pitadas de pimenta-do-reino moída na hora.

Esse molho, bem apurado e denso, vai servir de amálgama e de meio para cozinhar a massa. Molho pronto, legumes fatiados e grelhados, podemos seguir para a montagem. Nesse ponto você já pode ligar o forno, pra ir pré-aquecendo.

Um refratário retangular, de 40 cm X 20cm, aproximadamente. Primeiro, cubra o fundo com molho, uma camada fina que pode ser bem líquida. Depois,uma camada de massa. Cubra essa massa com uma farta camada de molho. (Mais um segredo aqui, básico para todas as lasanhas: a massa deve sempre ficar entre duas camadas de molho.) Aí, colocamos uma camada de um dos vegetais, o queijo mussarela (“tipo” mussarela) previamente ralado grosso, molho, e massa novamente. Está pronto pra começar uma nova camada, desta vez com outro dos vegetais: molho, cenoura (por exemplo), queijo, molho, massa. Molho, berinjela, queijo, molho, massa. Vá fazendo até quase encher a fôrma. A última camada vai ser massa.
“Mas espera aí, a massa não tinha que estar sempre entre molhos?”
Sim! Muito bem! A última camada vai ser massa, coberta de molho e queijo para gratinar!

E nessa cobertura, as variações: o molho da última camada pode ser branco, coberto de parmesão. Ou ainda, pode ser molho vermelho coberto com fatiazinhas de tomate-cereja (ou outro tomate pequeno) e salpicado com parmesão e algumas folhas de manjericão, o que fica lindo!

Você vai levar essa pesada fôrma ao forno pré-aquecido por cerca de 40 minutos, ou conforme as instruções da embalagem da massa.
É um prato aromático e dispensa acompanhamentos. A não ser um bom tinto leggero!