Mitraillette

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A mitraillette (metralhadora) é um famosíssimo sanduíche, ícone da comida de rua na Bélgica. Nasceu (essa é minha interpretação dos fatos) da fusão das tradicionais fritarias belgas com a chegada de imigrantes do Marrocos, Argélia e Turquia, que abriram um monte de lanchonetes de kebabs e pitas. Hoje em dia, a maioria das lanchonetes da Bélgica são um mix dessas duas coisas, servem batatas fritas e kebabs, e, obviamente, o carro-chefe, a mitraillette. É um sanduíche feito de um meio baguete, uma base de alface, tomate e a salada típica que vai nas pitas, a base de repolho. Em cima disso, uma das carnes fritas industrializadas típicas das fritarias (hamburguer, ou, mais típico, a frikandel), batata frita, e por fim, um molho típico).

A maior parte dos ingredientes é bem comum, a única dificuldade é com esses molhos, que na Bélgica são industrializados, e difíceis de reproduzir em casa (nas fotos deste post, tivemos a sorte de dispor de um molho chamado “andaluz” que alguém “esqueceu” aqui, e que é meu favorito). Mas dá muito bem para usar ketchup, maionese, ou um molho chamado “cocktail” que você faz misturando metade de maionese, metade de ketchup, e uma colher de sopa de uísque.

Para 4 pessoas:

  • Dois baguetes, ou 6 a 8 pães franceses (francamente, melhor um pão francês bom do que um baguete ruim)
  • Alface
  • 3 tomates
  • 1/4 de repolho
  • duas colheres de sopa de azeite de oliva
  • cinco colheres de sopa de vinagre
  • sal e açúcar
  • 6 a 8 batatas grandes
  • 1 litro de óleo para fritar
  • 8 a 10 hambúrgueres industrializados
  • ketchup, maionese (e opcionalmente uma colher de sopa de uísque para fazer o molho cocktail)

Comece por fazer o repolho marinado, com o repolho,como descrito na nossa receita de pita gyros. Esse repolho pode ser feito com antecedência, ficará melhor. Pique a alface em tiras, e o tomate em rodelas. Prepare o molho cocktail se quiser.

O segredo da mitraillette é nas batatas fritas, que vamos fazer do jeito belga, em duas vezes. Comece por descascar as batatas, e cortá-las em fritas bem espessas (algo como duas vezes mais grosso que as fritas do McDonalds).

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Seque muito bem em um pano:

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Esquente o óleo em uma panela, e quando ficar bem quente, mergulhe as batatas para o primeiro banho, por 10 minutos. Tome cuidado de por poucas batatas de cada vez, é como para cozinhar massa, tem que ter bastante espaço entre as batatas.

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Deixe cada fornada de fritas em um prato forrado com papel toalha por alguns minutos. Elas estão moles ainda.

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Cozinhe no segundo banho, por 5 minutos. Normalmente a temperatura deve ser mais alta que no primeiro banho, mas é difícil de controlar isso com uma panela no fogão. Despeja as fritas novamente em um prato forrado com papel toalha. Salpique com um pouco de sal (importante, o sal ajuda a retirar parte da umidade).

Em seguido, frite os hambúrgueres, no mesmo óleo, por alguns minutos.

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Por fim, só sobra montar a mitraillette, por uma generosa dose de molho, e degustar na hora!

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Gaspacho

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O gaspacho é uma sopa fria espanhola (da Andaluzia para ser mais exato). Bem preparado, com uma receita bem tradicional como esta aqui (existem inúmeras variações e imitações, cuidado!), é uma delícia sem comparação. É bem fácil e rápido de fazer, mas atenção, a qualidade dos ingredientes é fundamental. A receita a seguir vem daqui. Diminui as quantidades para caber no nosso liquidificador:

Para quatro pessoas como entrada, ou duas como prato principal:

  • 1 kg de tomates bem maduros (importante)
  • 1 pimentão verde
  • 65g de pepino
  • 1 1/2 dente de alho
  • 100ml de azeite de oliva boa (ver comentário abaixo)
  • 100ml de água gelada
  • 35ml de vinagre de vinho branco
  • 35g de pão seco esmigalhado
  • 1 pitada de sal
  • 1 pitada de cominho em pó

Nota sobre o azeite de oliva: Acho que é o momento ideal para falar disso: Se você quer realmente um azeite de oliva de boa qualidade, com todo seu gosto e todas suas qualidades, precisam ser escritas 4 coisas na etiqueta: 1) extra 2) virgem 3) primeira pressão 4) extração a frio. Esses são cada vez mais difíceis de achar, e os vendedores de azeite fazem muita enganação, do tipo “todos os azeites extra são de primeira pressão”. Nada disso é verdade. O grau de acidez também não tem nada a ver com a qualidade. Somente se tiver essas quatro coisas, você terá um azeite que realmente é o que é para ser: suco de azeitona. Todos os outros são ou misturados, ou feitos com bagaço, ou fervidos para recolher maiores quantidades, ou essas três coisas juntas…

Como esses azeites são mais caros aqui no Brasil, é melhor usar um azeite de menor qualidade para cozinhar (igual, o gosto do azeite se perde), e guardar esse para coisas que não cozinham, ou muito pouco.

O preparo do gaspacho é mega-simples: Coloque todos os ingredientes no liquidificador, e bata por 5 minutos. Normalmente deve peneirar o gaspacho depois, mas, sei la, sempre acho uma pena de peneirar coisas…  Você que decide. Fica ótimo também sem peneirar.

Coloque na geladeira por pelo menos uma hora (a receita original diz “pelo menos 12 horas” mas achei cruel demais).

Sirva bem fria, com um fio de azeite de oliva, e, se quiser, uma girada de moedor de pimenta…

ლობიანი (Lobiani)

lobiani3O lobiani é um tipo de khatchapuri recheado com lobio, um feijão georgiano. Tivemos a sorte de ter um amigo (sim, o mesmo) que trouxe de la  um pote de lobio preparado pronto, portanto o preparo deste prato foi bem fácil. Mas agora sabemos como é, muito em breve faremos uma reprodução com o nosso feijão daqui. Basicamente é um feijão vermelho, cozido com tomate, pimentão e pimenta, e alguns dos temperos típicos da Geórgia (alho e feno grego principalmente). Acho que feijão vermelho ou feijão carioca deve servir para dar um resultado parecido.

lobiani2O preparo é bem simples, e é descrito com detalhes aqui. Basta fazer a massa de khatchapuri, trocando o leite por iogurte, e preparar khatchapuris fechados, trocando o queijo pelo lobio.

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ხაჭაპური (khatchapuri)

10177332_700387760007452_9052021085833955718_nO khatchapuri é um tipo de esfiha georgiano, feito com uma massa similar a uma massa de pão, e recheado com queijo georgiano sulungi. É um dos ítens mais conhecidos da cozinha georgiana. Tem vários tipos e formatos de khatchapuri, alguns são abertos, outros fechados, vou ilustrar vários tipos aqui.

Fica muito parecido com uma esfiha libanesa gigante (um khatchapuri é muito maior, é um prato para uma pessoa), mas tem um sabor bem diferente.

10277736_700387876674107_562424208484790296_nA receita a seguir vem de estas duas: khatchapuri e acharuli (o tipo mais comum de khatchapuri). Obviamente, o queijo sulungi é impossível de encontrar em nossas terras (pelo menos no dia de hoje. Não duvido que muito em breve, a onda georgiana vai chegar aqui com toda força, como está acontecendo agora mesmo em Nova Iorque).

Mas conseguimos uma boa alternativa, que os nossos amigos entendidos de cozinha georgiana (você sabem quem são, ou melhor, quem é esse), acharam bem parecido com o original: Uma mistura de 50% de ricota e 50% de queijo minas padrão (o envelhecido, não o fresco).

10177335_700387740007454_8332486497202216918_n Para a quantidade de khatchapuri ilustrada na segunda imagem acima, você precisará de:

  • 1 kg de farinha de trigo comum
  • 200 ml de água
  • 200 ml de leite
  • 50 ml de óleo (canola, girassol, como quiser)
  • 2 colheres de sopa de fermento de pão (fresco ou seco)
  • 500 g de ricota
  • 500g de queijo minas padrão (o envelhecido, não o fresco)
  • 1 ou 2 ovos (ou mais, facultativo)
  • 2 ou 3 colheres de sopa de manteiga (uma para cada khatchapuri aberto que fizer)

A receia é muito simples: Dissolva o fermento na água (de preferência morna). Adicione o leite, e misture com a farinha e o óleo. Sove até formar uma massa bem homógena e lisa. Deixe crescer numa vasilha coberta com um pano úmido por cerca de uma hora.

Rale os dois queijos usando os furos maiores do ralador, e misture os dois.

Divide a massa crescida em 5 ou 6 bolas. Para fazer khatchapuris aberto, basta abrir a massa com um rolo, deixando uma espessura de mais ou menos um centímetro (pode ser um pouco mais fino também), colocar queijo no centro, e dobrar as bordas para cobrir o perímetro do queijo. Também pode fazer a forma de barco típico do khatchapuri (ver fotos acima). Se quiser, quebre um ovo por cima, e coloque uma colher de sopa de manteiga em cima.

Para fazer um khatchapuri fechado, separe um terço da massa antes, que vai virar a tampa. Prossiga da mesma forma que para o aberto, mas antes de fechar as bordas, coloque um disco feito com o terço da massa que você separou.

Asse em forno quente (> 250 °C) por mais ou menos meia-hora, ou até que a massa doure.

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Berinjelas com pasta de nozes

10336751_700387816674113_8178278653988307836_nContinuando a grande aventura na cozinha georgiana, esse aqui talvez seja o mais absurdamente delicioso até agora. São fatias de berinjelas, fritas, e recheadas com uma pasta de nozes. A receita vem daqui.

10299073_700387843340777_7634758548468317951_nVocê vai precisar de:

  • 500 g de berinjelas
  • 250 g de nozes
  • 1 colher de sopa de feno grego
  • 1 colher de sopa de coentro em pó
  • 1 colher de sopa de paprica doce
  • 3 dentes de alho
  • 3 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
  • sal
  • Azeite para fritar

Corte as berinjelas em fatias compridas e finas (meio centímetro, mais ou menos). Frite elas em uma frigideira untada com azeite, dos dois lados, até que fiquem bem douradas. Faça poucas fatias de cada vez. Coloque mais azeite quando você troca as fatias.

Faça o recheio, misturando todos os outros ingredientes, e passando no mixer (é melhor não usar o liquidificador, porque precisamos que fiquem pedacinhos). Quando tiver uma pasta bem homógena, é só pegar cada fatia, por uma colher de pasta em uma metade da fatia, e dobrar a outra metade, apertando um pouco.

Puttu

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O puttu é um bolinho indiano feito com farinha de arroz e cozido no vapor. É um item de café da manhã favorito no sul da Índia e no Bangladesh. Normalmente, na Índia, se usa um utensílio especial para preparar o puttu, mas esta receita bem detalhada ensina como fazer com uma panela clássica que tiver uma cesta para cozinhar no vapor. Outra receita que usei como base é esta.

O puttu fica algo entre um cuscuz marroquino é uma tapioca. Fica delicioso com um curry bem forte (os dois acompanhamentos prediletos para um bom café da manhã indiano são o kadala curry ou o curry de ovos). O preparo é bem fácil:

  • 2 xícaras de farinha de arroz crua
  • 1 xícara de coco ralado
  • 1 colher de chá de cominho em pó
  • 1 pitada de sal
  • 1/2 colher de sopa de açúcar
  • 1/2 xícara de água

Coloque água para ferver na panela que tem uma cesta para cozinhar no vapor. Misture todos os ingredientes, e sove até formar grumos úmidos, que, quando apertados, formam uma massa, mas voltam facilmente a grumos se esfarelados. Esse é o ponto certo. Faça os grumos o menor possível.

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Quando a água começa a ferver, coloque essa mistura na cesta, e deixe cozinhar com a tampa fechada, sem abrir, por 5 minutos.

Retire do fogo, e forme bolinhos colocando uma parte de puttu no fundo de um copo, e apertando com um outro copo idêntico. O puttu se desenforma bem facilmente, mas é frágil, manuseie com cuidado.

Acompanhe com o seu curry favorito. Tem vários aqui no blog!

Sanduíche africano de ovo e cebola

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Este sanduíche super simples é um clássico de comida de rua na África Occidental. Comi por todo lugar em Dakar. O cara frita uma cebola na hora, na sua frente, mistura ovo, e recheia com isso uma porção bem grande de um baguete finíssimo e crocante (herança francesa, você pode achar pão espetacular na áfrica francófona) e embala o todo em um papel de jornal, na maneira dos shawarmas.

Fazer esse sanduíche em casa é muito fácil. Para dois sanduíches, você precisa de 2 cebolas grandes e 4 ovos. Corte as cebolas em fatias grossas, frite em uma colher de sopa de manteiga, até ficar bem dourado. Acrescente uma boa pitada de sal. Bate um pouco os ovos juntos em uma tigela, e despeja por cima da cebola. Deixe fritar por 5 minutos, e vire por pedaços, com uma espátula. Não precisa ficar inteiro como um omelete. Deixe fritar mais, virando os pedaços até tudo ficar bem dourado.

Recheie pedaços da melhor e mais fina baguete que você consegue encontrar, retirando um pouco do miolo da baguete, para deixar mais espaço, e colocando o máximo de recheio possível!

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Patê de fígado com cachaça e rúcula

O preparo deste patê é um pouco longo, apesar de fácil, mas você pode preparar uma quantidade maior e usar o resto dos fígados em outros pratos (salada, etc…). Na verdade é assim que nasceu a receita…

  • 800g de fígado de frango
  • 2 cebolas
  • 5 dentes de alho
  • 2 colheres de sopa de açúcar mascavo
  • 1/2 xícara de cachaça
  • 1/2 xícara de shoyu
  • 1 pequeno maço de rúcula
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • 2 colheres de sopa de cream cheese
  • 2 colheres de sopa de ricota picada
  • 1 colher de chá de sal

Unte um prato para assar com a manteiga, e dispõe nele as cebolas cortadas em 4, os dentes de alho, os fígados, salpique o açúcar mascavo e o sal por cima, e regue com o shoyu e a cachaça. Asse em forno quente (250°C) por 25 minutos, vire os fígados, continue assando por outros 25 minutos. Retire do forno, acrescente o cream cheese, a ricota e a rúcula, pimenta preta moída, e passe tudo no mixer ou no liquidificador. Guarde algumas horas na geladeira antes de comer, para que fique mais firme.

Brioche

Uma receita bem simples para máquina de pão,  mas que funciona perfeitamente com o bom e velho método manual também. Este brioche não fica aerado e leve como um brioche comercial, mas fica algo no meio do caminho entre um pão e um bolo, o que para mim é o verdadeiro sentido do brioche. Basta colocar os ingredientes seguintes:

  • 2 ovos inteiros em um copo, completar o copo com leite
  • 3 colheres de sopa de açúcar
  • 4 colheres de sopa de manteiga
  • 3 copos de farinha
  • 1 colher de chá de sal
  • 1 colher de sopa de óleo
  • 1 colher de sopa de fermento

Se for na máquina de pão, coloque tudo isso nela, e use o programa “pão doce”. Se for fazer a mão, misture todos os ingredientes, sove bem por 10 minutos, e deixe crescer durante 2 horas em um lugar quente, numa vasilha coberta com um pano.  Asse em forno bem quente por 40 minutos.

Cachorro quente gaúcho

Alguém um dia deveria fazer uma grande comparação dos hot dogs do mundo inteiro. Cada lugar tem o seu, diferente do lugar ao lado. O meu favorito mundial é sem dúvida o gaúcho. É parecido com os outros cachorros quentes do Brasil, mas tem milho, ervilha, e é prensado. E, como a maioria dos outros lanches gaúchos, tem o dobro do tamanho dos outros estados…
  • Pão para cachorro quente
  • Salsichas (conte 3 ou 4 por pessoa)
  • 2 cebolas
  • 4 ou 5 tomates
  • 1 late de milho e ervilha
  • Queijo parmesão ralado
  • Batata palha
  • Catchup
  • Maionese
  • Mostarda
  • Molho de pimenta
O preparo é realmente simples, fatie as cebolas, frite em um pouco de azeite de oliva até que fiquem douradas, acrescente os tomates cortados em cubinhos, uma pitada de sal, deixe cozinhar até virar um molho. Acrescente as salsichas, um pouco de água se tiver pouco molho, deixe cozinhar por mais 5 a 10 minutos.
Monte os cachorros quentes com todos os ingredientes, e coloque eles numa frigideira sem óleo por alguns minutos de cada lado, prensando eles com um ferro de prensar carne ou simplesmente com uma espátula.

Zonzo

El zonzo es un exquisito manjar típico de la provincia de Santa Cruz”, é o que lhe dirá Google quando perguntado sobre este prato. Se trata de um bolo feito com mandioca e queijo branco, tradicionalmente enrolado num pedaço de madeira e assado na brasa mas que faremos de modo mais simples. Até há pouco dava para degustar um zonzo delicioso na feira da praça Kantuta, mas recentemente pararam de fazer porque ninguém pedia… A saída foi óbvia:
  • 2 ou 3 mandiocas cozidas amassadas
  • 1 queijo de minas pequeno e bem mole esmigalhado
  • 5 colheres de sopa de manteiga
  • 2 ovos
A receita não tem segredo nenhum, misture todos os ingredientes, adicione sal a gosto, coloque em uma assadeira e asse por 30 a 40 minutos em forno quente (>250°C).

Croissants express

A grande dificuldade de fazer croissants em casa é fazer a massa folhada (será para um próximo post). Se usamos massa folhada comprada pronta, a fabricação de verdadeiros croissants de Paris vira uma brincadeira. Na França croissants se comem exclusivamente no café da manhã (“Un café-crème et un croissant!” é o que você deve pedir de manhã num café parisense) e nunca são recheados (seria considerado um pecado gravissimo, apagaria todo o gosto de manteiga). O máximo tolerado por um Francês digno desse nome é passar um pouco de manteiga ou de geleia neles.
  • Um pacote de massa folhada
  • Uma gema de ovo
  • Um pouco de farinha e manteiga
Abra a massa folhada, dobre ela uma ou duas vezes sobre si mesmo (o importante na massa folhada é formar camadas) e abra ela com um rolo sobre uma superfície enfarinhada. Não faça ela muito fina, deixe uns bons 3 ou 4mm de espessura. Corte linhas na massa com uma faca, para formar rectângulos de mais ou menos 12x20cm. Corte uma diagonal em cada um desses rectângulos.
Enrole cada triângulo sobre ele mesmo, começando pela base de 12cm, mantendo a ponta mais ou menos no meio. Curve ele para formar um crescente, e coloque numa assadeira untada com manteiga.
Pincele cada croissant com um pouco de gema, e asse em forno bem quente (>250°C) por 20 minutos ou até que a gema esteja bem dourada.
Bon appétit!

Quesadillas

Quesadillas são uma outra maravilha que mexicanos inventaram com a tortilha. Se trata simplesmente de uma tortilha recheada com queijo (dai o nome) e outros recheios (alguns típicos são salsa, feijão ou molho de carne). Faremos aqui um bem básico com salsa.
  • 6 a 8 tortilhas (veja como fazer na receita dos burritos, ou compre pronto, marca Rap10, fica bem fácil e bem legal)
  • 4 ou 5 tomates
  • 2 cebolas
  • algumas folhas de coentro, salsa ou espinafre
  • 400g de queijo prato
Primeiro faça o molho: refogue as cebolas em um pouco de azeite de oliva. Quando estão dourando, acrescente os tomates cortados em cubinhos e as folhas cortadas também. Deixe cozinhar por uns 10 minutos. Corte o queijo em pedaçinhos ou passe no ralador.
Coloque uma tortilha numa frigideira, sem colocar nenhuma gordura. Deixe torrar um pouquinho e vire. Recheie uma metade com um pouco de queijo e uma boa colher de molho. Dobre, aperte bem com uma espátula para ficar bem chato, e deixe cozinhar por 2 minutos, até o queijo derreter.
Sirva com jalapeños, molho de chipotle ou qualquer outro tipo de pimenta ou molho de pimenta.

Hamburgers caseiros

Uma alternativa fácil e rápida ao famoso xis gaúcho é este pequeno hamburger caseiro que fazemos aqui de vez em quando. É fácil de reunir os ingredientes e fazer, fica muito mais saudável que qualquer hamburger de rua, e muito, muito melhor… Para 4 hamburgers (para 4 pessoas ou 2 pessoas bem famintas):
  • pães de hamburger com gergelim (se encontram em qualquer padaria)
  • 250g de carne moída de boa qualidade (coxão mole, alcatra, etc)
  • 3 tomates
  • algumas folhas de rúcula ou agrião (ou alface comum)
  • 4 fatias de queijo (daquele industrial derretido ou qualquer outro)
  • 1 colher de sopa de azeite de oliva
  • catchup, mostarda, maionese
  • temperos gostosos para a carne (cominho, pimenta, alho, ervas, páprica, noz moscada, canela, mostarda, alcaparras, o que quiser!)
Comece por fazer os hamburgers: Misture a carne com a sua seleção de temperos favorita (minha favorita: cominho, coentro em pó, mix mexicano, páprica doce, alho, uma meio colher de chá de cada). Misture bem com as mãos, e forme 4 bolinhas (mais ou menos 80g cada hambúrguer).
Achate as bolinhas com a mão para formar hamburgers um pouco maiores que o tamanho do seu pão (eles vão reduzir no cozimento).
Frite em uma frigideira com uma colher de sopa de azeite de oliva, por alguns minutos de cada lado, até que fiquem bem dourados.
Abre os pães, coloque uma fatia de queijo em cada, e um hamburger. O queijo típico de hamburger é esse que vem dentro de plásticos individuais, mas não hesite em trocar por algo menos industrial. Feche, coloque de volta na frigideira e faça peso com uma espátula. Torre assim de cada lado por um minuto ou dois.
 Enfim, abre os hamburgers e coloque o resto dos ingredientes: tomate, folhas, catchup, maionese e mostarda. Prontinho!

O omelete de Julia Child

A Julia Child, para quem não viu o filme Julie & Julia, aprendeu a cozinhar durante os vários anos em que morou em Paris, e, de volta aos Estados Unidos, escreveu uma bíblia de cozinha francesa e apresentou um programa de TV, também sobre cozinha francesa. Aqui está um trecho famosíssimo e imperdível, onde ela ensina a fazer uma verdadeira omelete francesa.

Crepes (como na Bélgica)

Crepes, ou panquecas, são na verdade um prato totalmente universal, como o cachorro quente ou a pizza, mas vamos fazer aqui algumas versões que fazem sucesso na Bélgica. A massa é uma massa de panqueca bem comum, basta passar os ingredientes seguintes no liquidificador:

  • 200g de farinha
  • 4 ovos
  • 400 ml de leite
  • 1 colher de chá de óleo
  • 1 colher de sopa rasa de maizena
  • 1 colher de sopa rasa de açúcar
  • 1 pitada de sal

As panquecas podem ser feitas com antecedência, fica mais fácil para produzir várias panquecas prontas na hora de servir. Despeje algumas colheres de sopa de óleo em uma frigideira, deixe esquentar, recolhe o óleo (que servirá para a panqueca seguinte), despeje uma concha de massa, incline a frigideira de todos os lados para que a massa se reparta bem por igual, e frite por alguns minutos dos dois lados.

Agora é só pegar uma panqueca, colocar na frigideira (não precisa mais por óleo), colocar o recheio desejado nela, dobrar em 2 e deixar cozinhar por alguns minutos. Não precisa virar de lado.

Bacon, queijo e ovo

Este é um clássico. Não é nada light, mas é uma delícia total. Antes de rechear, frite um pouco de bacon cortado em pedaços e rale um pedaço de queijo (mussarela, prato ou qualquer outro queijo que derreta). Disponha queijo e bacon na panqueca, e coloque uma gema de ovo por cima. Feche e cozinhe por um minuto ou dois.

Mussarela de búfala, tomate seco e rúcula

Este é (um pouco) mais light. Coloque pedaços de queijo mussarela de búfala (ou de queijo de cabra) na panqueca, 2 ou 3 pedaços de tomate seco e folhas de rúcula. Feche e cozinhe por um ou dois minutos.

Açúcar mascavo, creme de leite e limão

Este é o crepe de sobremesa. Coloque 3 ou 4 colheres de sopa de açúcar mascavo, a mesma quantia de creme de leite, e esprema o valor de um colher de chá de suco de limão por cima. Feche e deixe cozinhar por um a dois minutos.

Coloco aqui quantidades aproximativas dos ingredientes dos recheios descritos acima (para 4 pessoas), mas é bastante variável, e se pode também inventar outras combinações.

  • 1 receita de massa de panquecas descrita acima
  • 200g de bacon
  • 400g de queijo mussarela ou prato
  • 200g de mussarela de búfala
  • 200g de tomate seco
  • 1 maço de rúcula
  • 400g de açúcar mascavo
  • 200g de creme de leite
  • 3 limões

Enrolado da Sogra


Resolvi prestar homenagem! Viu, sogrona?! hehehe
Essa é mais uma receita fácil (disseram aqui que eu só posto “receita fácil”! Mas gente, o que eu posso fazer? Ou eu sou realmente prática, ou levo a vida numa light, com muita disposição! hehehe! Ou sou preguiçosa mesmo!) Digam aí, é fácil ou não?

  • 1 rolo de massa (folhada ou massa para pastel)
  • 2 tomates picadinhos
  • 150g de presunto picadinho
  • 150g de parmesão ou outro queijo ralado
  • orégano
  • pimenta
  • azeitonas picadas a gosto

Abra a massa com cuidado, só depois que ela estiver à temperatura ambiente, e corte ao meio no sentido “do comprido”, pra fazer dois “enrolados”.

Misture todos os ingredientes do recheio e distribua entre as duas metades. Não coloque muito se não fica difícil fechar! Junte as bordas, pincele com ovo ou manteiga, e leve ao forno até dourar (cerca de 35 minutos).
Está pronto! Não é fácil?!

E a contribuição da sogra? Foi com a inspiração! Ela faz um enrolado que eu adoro, mas nunca pedi a receita, e acho até que ela faz a massa em casa. O meu não ficou igual, até porque só tinha massa folhada no supermercado, e fiz com essa mesmo. Mas ficou bom também, deu pra matar a vontade e ter uma nova ideia pro blog! 😉

Cheese pudding


É uma versão salgada do pudim de pão, e consta que é comum na Irlanda. Tradicionalmente você prepararia com pão de forma sem casca novinho, mas funciona muito bem para aproveitar qualquer tipo de pão “dormido” – comida irlandesa com jeitinho brasileiro!! Serve como um jantar mais leve, um acompanhamento no almoço ou até um lanche da tarde!

  • pão cortado em fatias uniformes, para fazer sanduíches
  • manteiga
  • queijo cheddar ralado ou outro
  • 4 ovos
  • 1 xícara de caldo de galinha ou leite
  • 1/2 xícara de creme de leite
  • pimenta do reino

Aqueça o forno. Prepare sanduíches com pão, manteiga e cheddar, e vá distribuindo-os “em pé”, lado a lado, numa forma untada. Se conseguir cortar os sanduíches mais ou menos em formato de triângulo, vai ficar mais bonitinho.
Bata os ovos com o caldo de frango (ou leite) e o creme de leite e derrame sobre os sanduíches, empapando-os bem.


Deixe repousar por 30 minutos, cubra com mais queijo ralado, pimenta moído, e leve ao forno até dourar.
Fica muito bom!

Patê de fígado dos Prazeres


Vou escrever pelo Zé, que está aqui do lado com preguiça. Esta é uma “adaptação muito pessoal” das tradicionais receitas de patês franceses.
Você vai precisar de:

  • 600g de fígado de frango limpos, sem gorduras e sem nervuras
  • 1 peito de frango de mais ou menos 500g
  • 2 cebolas grandes
  • 6 dentes de alho grandes
  • 1 xícara de salsinha picada
  • 1 xícara de cebolinha picada
  • 1 colher de café de cravo moído
  • 1 colher de café de noz-moscada
  • 1 colher de café de canela em pó
  • 1/2 colher de café de gengibre em pó
  • 1/2 tablete de manteiga (100g)
  • 1/2 xícara de azeite
  • 1 colher de sobremesa de açúcar
  • 1 dose de conhaque ou o alcoólico seco de sua preferência (whisky, brandy, pinga)
  • sal à gosto
  • 3 ovos
  • 1 copo de leite ou creme de leite
  • 1 xícara de farinha de rosca

Pique tudo grosseiramente, misture e passe tudo no processador, bem processado. Deixei uma pasta bem lisa. Escolha a fôrma de sua preferência, unte generosamente com azeite e deite o patê. Leve ao forno pré-aquecido em banho maria, por 50 minutos, com a água já quente, pra facilitar. Para verificar se já está pronto, faça como com um pudim: espete um palito e veja se sai seco.
O Zé, como gosta de cozinhar e distribuir para os amigos, fez em forminhas pequenas, como vocês podem ver na foto. Rendeu 25 forminhas! Um patê sem igual, que agora você pode fazer na sua casa! 😀

Torta de pimentões e ervas

Essa tortinha mais parece uma pizza, e também é perfeita pra servir em pequenos pedaços em confraternizações descontraídas. Pelo menos é assim que eu uso, mas acho que serve também para uma boa entrada.
Primeiro, preparamos a massa:

  • 2 xíc. de farinha de trigo
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • 150 ml de leite
  • 1 gema
  • sal a gosto ( sugestão: 1 colher de chá rasa)

Misture numa tigela a farinha, o sal e o fermento. Dissolva a gema no leite e vá acrescentando à farinha. Misture bem com uma colher por uns 5 minutos, e depois transfira para uma superfície enfarinhada para sovar. Sove até que fique macia e elástica, e então deixe crescer por uma hora numa tigela untada, em algum lugar aquecido. Eu coloco no forno, que embora esteja ainda desligado, ficará morninho com o preparo que acontece em cima: a cobertura.
Você vai precisar de:

  • 2 pimentões amarelos grandes
  • 2 pimentões vermelhos grandes
  • 4 cebolas grandes
  • azeite de oliva
  • ervas frescas, 2 ou 3 variedades (tomilho, orégano, salsinha, sálvia, manjerona… eu não dispenso o tomilho!)

Descasque e pique, em tiras finas, os pimentões e as cebolas. Pique também as ervas. Coloque tudo para cozinhar em fogo moderado, com três colheres de um bom azeite numa frigideira. A mistura não deve dourar, portanto, fique de olho: se for preciso, acrescente colheradas de água.
A cobertura ficará no fogo cerca de 30 minutos, até que os legumes estejam macios. O aroma pela casa será inebriante!

Com a cobertura pronta, vamos abrir a massa já crescida e montar a torta. Agora é o momento de ligar o forno, para pré-aquecer. Mas tire a tigela de dentro!!
Abra a massa com um rolo numa superfície enfarinhada, até ficar do tamanho da forma (cerca de 30 cm de diâmetro). (O ideal é que fique um pouquinho maior que a fôrma, para poder fazer uma bordinha, uma parte particularmente deliciosa da torta!) É um pouco difícil, por sua qualidade “elástica”. Ela teimará em encolher! Mas quando conseguir, transfira com cuidado para a forma untada, e fure-a com um garfo.

Cubra com o refogado de pimentões, regue com mais azeite, e leve ao forno por 25 a 30 minutos, até que esteja crescida e crocante! Sirva quente, com uma taça de vinho. Que tal?

Variações. Dois toques especiais já testados e aprovados, para agradar a paladares diferentes:

  • cubra a torta com alguns filés de anchovas – para as pessoas e os dias que combinam com o bem salgado;
  • salpique passas pretas – para as pessoas ou os dias que pedem um toque mais doce.