Shortbread

shortbread

Eu sei, muito tempo que não escrevemos aqui… Por isso, vou tentar retomar com algo fácil: O famoso biscoito britânico chamado “Shortbread” (pão curto? Não me pergunte. Bom já que vai perguntar mesmo assim: Shortbread is so named because of its crumbly texture from an old meaning of the word short).

Picture 093No Reino-Unido certamente qualquer um engasgaria no seu shortbread se me ouvisse chamá-lo de “biscoito”. Se trata de um autêntico patrimônio nacional, protegido pela rainha, por Deus, e provavelmente pelo príncipe de Gales. Aqui também se encontra em todo lugar, inclusive da marca mais famosa do Reino-Unido…

A receita é super simples. O preparo requere no máximo uns 15 minutos:

  • 125g de manteiga morna
  • 55g de açúcar cristal
  • 180g de farinha

Basta misturar tudo, e amassar até a manteiga ter completamente derretido, e se formar uma massa bem lisa. Coloque em cima de uma forma untada com manteiga, polvilhe com farinha, e abre com um rolo até formar uma camada de mais ou menos 1cm. Corte retângulos com uma faca, e faça furos com um garfo para que não se formem bolhas. Asse em forno quente (> 200°C) por 20 a 25 minutos.

Pot-au-feu

IMG_1120O pot-au-feu é a versão francesa, clássica, do bom e velho cozido daqui (aliás, você já comeu aquele cozido da Bahia? Vou fazer aqui, algum dia). São carne, legumes e ervas cozidos em caldo e vinho branco. A mistura de vinho e ervas é o que dá o gosto todo especial. Existem muitas e muitas variações, mas pode também ser muito simples, como a receita a seguir (quantidades para 4 pessoas):

  • 800g de carne de baixa qualidade, de preferência com osso (osso bucco, músculo, etc)
  • 3 cenouras grandes
  • 3 batatas grandes
  • 1 cebola
  • 1 colher de chá de alho picado
  • 1 alho porró
  • 3 galhos de salsão com as folhas
  • 3 folhas grandes de repolho
  • 1 maço de ervas de provence frescas (importante!) (tomilho, sálvia, estragão, manjericão, alecrim, louro, manjerona)
  • 2 xícaras de vinho branco seco
  • sal e pimenta do reino a gosto

Corte todos os legumes e carnes em pedaços bem grandes (veja a foto), e coloque em uma panela de pressão. Adicione também os outros ingredientes. Adicione água mais ou menos até a metade da altura dos ingredientes. Tampe a panela e deixe cozinhar por mais ou menos 40 minutos (30 minutos depois da fervura). Destampe, verifique e ajuste a quantidade de sal e pimenta se necessário, e pronto!

Na França se come puro assim, apenas com pão (tudo se come com pão na França…) mas funciona também muito bem simplesmente com arroz, ou couscous marroquino.

Vlaai holandês

vlaa12

O vlaai (se pronuncia vlái simplesmente) é um tipo de torta doce típica da Holanda e das Flandres (parte flamenga da Bélgica). A versão mostrada aqui é a holandesa (a belga é completamente diferente e parece um pudim, farei algum dia). Existem muitos tipos de vlaai, com muitos recheios que vão de todo tipo de frutos até arroz doce. Esta aqui é feita com maçã, ameixa e canela, que é um sabor bem típico dessas regiões. A particularidade da massa é que é levada, feita com fermento de pão.

Para a massa (adaptado daqui):

  • 250g de farinha
  • 30g de manteiga
  • uma pitada de sal
  • 1/2 ovo, batido (a outra metade servirá para pincelar)
  • 15g de fermento para pão fresco ou 7g de fermento seco
  • 75ml de leite morno
  • 30g de açúcar

Para o recheio:

  • 2 maçãs
  • 6 ou 7 ameixas
  • 300g de açúcar
  • 1 colher de chá de manteiga
  • 1 colher de sopa rasa de canela
  • 3/4 de xícara de água

Se tiver uma máquina de pão, coloque todos os ingredientes da massa dentro, e rode o programa “massa”, que vai misturar e deixar descansar. Se não, dilua o fermento no leite, e misture os outros ingredientes da massa, sove até formar uma bola bem lisa. Deixe descansar em uma vasilha coberta com um pano úmido, por uma hora. A massa deve mais ou menos dobrar de volume.

Enquanto isso, faça o recheio. Descasque e corte as maçãs em cubos, corte as ameixas em pedaços de tamanho similar (não precisa descascar, apenas retirar o caroço), e coloque numa panela com o açúcar, a água, a canela e a manteiga. deixe cozinhar por 40 minutos em fogo baixo, mexendo com frequência. Os frutos devem desmanchar, mas não totalmente. O bom é quando ainda formam pedaços. Se ficar muito líquido, adicione meia colher de chá de fécula de batata, ou maisena se não tiver.

Aquece o forno a 200°C. Unte uma forma de torta com manteiga, separe mais ou menos um quarto da massa, que servira para fazer a “rede”, e abre o resto com um rolo sobre uma superfície enfarinhada, e coloque no fundo da forma. Faça alguns furos com um garfo, para que não se formem bolhas durante o cozimento. Coloque o recheio por cima. Abra o restante da massa, e recorte nela tiras de 1cm de largura. Coloque essas tiras na massa para formar uma rede. No fim, pincele com a metade de ovo restante.

Asse por 20 a 30 minutos, ou quando estiver dourado. Sirva morna.

vlaai1

Boeuf bourguignon

boeuf bourguignon1

O boeuf bourguignon é um prato megaclássico da culinária francesa. O mais famoso de todos, provavelmente (a não ser que seja o ratatouille agora? O malditos da Pixar estragaram tudo). Tem também neste blog uma versão mais cotidiana do boeuf bourguignon, mas vou mostrar a receita certa, desta vez. É um mix da receita clássica da Julia Child, e de como vi as pessoas preparar este prato na França profunda. O segredo está em duas coisas: O alho inserido na carne, e o duplo cozimento, fritar + assar.

  • 1kg de carne bovina de boa qualidade (coxão mole, alcatra, filé mignon, etc)
  • 100g de bacon
  • 1 cebola grande
  • 1 cenoura
  • 2 cabeças de alho
  • 200g de cogumelos
  • 2 colheres de sopa de manteiga
  • 2 colheres de sopa de vinho do porto
  • 1/2 litro de vinho tinto seco
  • ervas de provence

Corte a carne em 3 ou 4 pedações. Descasque os dentes de alho. Faça umas incisões nos pedaços de carne, e enfie os dentes de alho nelas. Numa panela grande, derrete a manteiga, adicione o bacon cortado em tiras finas, deixe fritar por alguns minutos. Acrescente alguns dos pedaços de carne (deixe eles bem a vontade na panela, faça em várias vezes) e frite por alguns minutos de cada lado.

boeuf bourguignon2

Passe a carne para uma assadeira. No lugar dela, na panela, coloque a cebola e a cenoura cortadas em rodelas finas. Deixe fritar mais alguns minutos, até começar a dourar. Coloque a cebola e a cenoura na assadeira também, intercalando mais ou menos com os pedaços de carne. Coloque um pouco de sal por cima, e salpique as ervas de provence. Adicione o vinho, que deve chegar mais ou menos na metade da altura da carne, ou seja, metade da cerne fica banhada no vinho, outra metade fica exposta, e vai criar uma casca quando assar.

Coloque no forno (200°C) e deixe assar por mínimo uma hora. Reduza a temperatura depois de meia-hora, se você tiver um forno muito potente, para não escurecer demais a carne.

Não lave a panela onde fritamos tudo! Ela ainda deve servir mais uma vez: Lave os cogumelos, adicione mais um pouco de manteiga na panela, e deixe eles dourar, mexendo eles com frequência. Não precisa cozinhar eles por inteiro, apenas superficialmente. Quando estão prontos, jogue o vinho do porto na panela, e mexe bem para catar todos os resíduos de cozimento das bordas da panela. Desligue o fogo e reserve.

boeuf bourguignon3

Quando a carne está pronta, corte em pedaços menores, e sirva com os cogumelos, e o acompanhamento que quiser (um gratin dauphinois por exemplo, ou, como aqui, um risotto de limão siciliano).

Feijão branco com tomate, manjericão e alho

feijao-tomate-manjericao

Achei esta receita por acaso em um blog de cozinha francesa, fica delicioso e bastante diferente do feijão de cada dia. O grande diferencial é que em vez de fazer como se costuma fazer no Brasil, cozinhar o feijão primeiro e depois jogar os temperos nele, se faz o inverso: cozinhar o “fritado”, e jogar o feijão nele… O sabor fica muito diferente.

  •  250g de feijão branco seco
  • 4 tomates maduros
  • 2 colheres de sopa de alho triturado
  • 1 cebola
  • 100g de linguiça, carne seca ou bacon (facultativo)
  • manjericão (de preferência fresco, mas o seco serve muito bem)
  • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
  • sal e pimenta do reino

Comece por cozinhar o feijão branco numa panela de pressão (35 a 40 minutos depois de aparecer a pressão). Numa outra panela, frite a cebola fatiada, o alho e a carne juntos. Acrescente os tomates cortados em cubos grandes. Tampe a panela e deixe cozinhar por 5 a 10 minutos, mexendo de vez em quando, e acrescentando água se começar a secar muito. Quando os tomates começam a desmanchar, jogue o feijão cozido escorado, e acrescente sal, pimenta do reino a gosto, e bastante manjericão. Misture bem, e sirva logo em seguida.

Bon appétit!

Calda belga de frutas

Depois de anos e anos indo para a Bélgica e mesmo tendo morado por lá um tempo eu descobri que desconhecia essa maravilha maravilhosa. Só na última viagem eu fui conhecer essa calda, que na verdade é o recheio do Gaufre aux fruits, mas pode ser usada para várias outras coisas.

IMG_0650

No meu caso eu gosto de usar para comer com iogurte caseiro, ou para cobrir tortas ou cremes. Também serve como recheio de strudel. A calda belga original é de cerejas, mas é possível de fazer com qualquer fruta. As que combinam melhor são as mais azedinhas: morangos, damascos, ameixas. Mas já vi também de maçãs, peras e abacaxi. No caso eu usei morangos, porque estava fácil e barato para achar e uma caixinha de 250g dá perfeitamente as duas xícaras. É fácil de fazer a calda, mas precisa ter alguns cuidados.

Para umas 300g (que eu uso em 6 iogurtes ou uma torta média), você precisa de:

  • 2 xícaras de frutas picadas em tamanho para comer sem precisar cortar
  • 1/2 xícara de açúcar
  • 1/4 de xícara de água
  • 1 colher de sopa de suco de limão
  • 2 e 1/2 colheres de chá de fécula de batata ou maisena (a minha irmã jura que tem fécula de batata para vender por aí, mas eu nunca vi… usei maisena mesmo)
  • 1 colher de sopa de água

Então… coloque as frutas picadas, o açúcar, o suco de limão e 1/4 de xícara de água numa panela e deixe ferver. O limão é importante para não escurecer e ficar com cara de geleia. Baixe o fogo e deixe as frutas cozinharem até ficarem macias, mas sem desmanchar, mexendo às vezes. Quando estiverem macias retire as frutas da calda e reserve. Misture a maisena (ou fécula) com a água para não embolotar e acrescente na calda que ficou na panela, mexendo sempre até engrossar. Quando estiver espessa, coloque as frutas novamente e mexa um pouco. Deixe esfriar e sirva como preferir. 🙂

Veau Orloff

veau orloff

Esta receita é francesa (talvez nem seja, pelo nome), mas é um prato bem conhecido na Bélgica também. Normalmente se faz com vitela, mas como vitela é difícil de achar por aqui, além de caro, dá para fazer também com carne bovina boa, como coxão mole, alcatra ou contra-filé, não fica menos delicioso. Para 4 pessoas:

  • 600g de bifes de carne bovina
  • 250g de presunto fatiado
  • 250g de queijo prato
  • 30g de manteiga
  • 3 colheres de sopa de farinha
  • 1 1/2 xícara de leite

Unte uma forma de assar. Se os bifes são muito grandes, corte eles em 2. A ideia é ter mais ou menos uns 15, 20 pedaços. Monte o prato colocando de pé uma fatia de presunto dobrada em 2, uma fatia de queijo dobrada em 2, uma fatia de carne, e repetindo até acabar a carne, o queijo e o presunto ou encher toda a forma, o que vier primeiro. Reserve algumas fatias de queijo para cobrir.

Faça um molho bechamel, derretendo a manteiga primeiro. Acrescente a farinha, mexa bem para formar uma pasta, e acrescente o leite aos poucos: um pouco de leite, mexas, deixe engrossar, mais um pouco de leite, deixe engrossar, etc… Até acabar o leite. Coloque um pouquinho de sal e de pimenta do reino. Despeje o molho por cima da carne, e finalmente cubra com as fatias de queijos que guardamos. Coloque em forno quente por mais ou menos 40 minutos, ou até que fique dourado. Uma ótima maneira de comer é acompanhado com alho-porró a flamenga

veau orloff 2

Jarret de boeuf à la provencale, ou o osso buco francês

jarret1

Esta receita da Julia Child dá um prato bastante parecido com o osso buco tradicional, versão italiana (aliás, me dou conta que ainda nunca publicamos o nosso osso buco favorito aqui!), mas com um gosto muito diferente. Seguindo a recomendação da receita, acompanhamos aqui de uma puré de batatas, mas tem vários acompanhamentos possíveis, inclusive cozinhar massas diretamente no caldo, como no osso buco italiano.  O preparo não tem muitos segredos, mas como muitas receitas da mesma autora, requere fazer algumas partes em panelas diferentes. Para 4 pessoas:

  • 1kg 1/2 de osso buco (6 ou 7 fatias)
  • 50g de manteiga
  • farinha de trigo
  • 2 cebolas
  • 2 tomates
  • 1 laranja
  • 1 limão siciliano
  • 1 colher de chá de bovril
  • 1/2 l de vinho branco seco
  • 2 colheres de sopa de ervas de provença
  • 2 colheres de sopa de estragão
  • 2 colheres de sopa de orégano
  • 2 colheres de sopa de alho triturado
  • sal
  • pimenta do reino

Aqueça metade da manteiga em uma panela grande. Passe as fatias de osso buco na farinha, e frite elas por alguns minutos de cada lado. Boa parte da farinha vai grudar no fundo da panela. Retire a carne, coloque o resto da manteiga, e deixe fritar as cebolas cortadas em fatias grossas por mais alguns minutos. Coloque um pouco do vinho branco e mexe para desgrudar os resíduos de cozimento do fundo da panela. Coloque a carne de volta, com o resto do vinho, os tomates picados, o alho, as ervas e o bovril. Tampe e deixe cozinhar por 30 minutos.

Enquanto isso, faça zestos (lascas de casca sem a parte branca) das cascas do limão e da laranja com um ralador de queijo, usando o furo maior, tentando pegar a menor quantidade possível da parte branca. Coloque os zestos em água fervente por 5 a 10 minutos, para tirar o gosto amargo deles. Em seguindo, coloque eles na panela da carne, junto com o suco da laranja e do limão. Acrescente sal e pimenta do reino a gosto.

Deixe cozinhar por mais 10 a 15 minutos (ou mais, se o seu ficou muito líquido) com a panela destampada, para o molho reduzir e engrossar um pouco.

jarret2

Fotos: Marianne Zasso!

Tourte aux noix de l’Engadine (canton des Grisons) ou torta suíça de nozes

No clima de final de ano, deixo aqui uma receita que eu adoro, a torta de Nozes do região suíça de Engandine.
 nusstorte
Ingredientes para uma forma desmontável de 26 cm de diâmetro
Massa:
  • 350 g de farinha
  • 250 g de manteiga
  • 200 g de açúcar
  • 1 pitada de sal
  • 1 ovo
Recheio:
  • 200 g de açúcar
  • 380 g de nozes (sem casca) picadas
  • 200 ml de creme de leite fresco (nata)
  • 3 colheres de sopa de mel
  • 1 gema de ovo
Preparo: Misturar rapidamente a farinha, a manteiga, o açúcar, o sal e ovo para obter uma massa quebradiça (brisée). Embalar a mesma em filme alimentar e colocar na geladeira durante 1/2 hora pelo menos. Enquanto isso, aquecer o açúcar para o caramelizar e mergulhar as nozes neste caramelo claro. Acrescentar a nata e o mel. Misturar tudo muito bem e deixar esfriar.
Estender dois terços da massa numa camada fina e forrar uma forma desmontável untada com manteiga. Colocar o recheio de nozes sobre a massa da forma. Estender o resto da massa e de lá recortar uma tampa. Colocá-la sobre o molde pressionando bem as bordas. Pincelar a superfície da “tourte” com gema de ovo e decorar à vontade com as sobras de massa. Assar em forno à 180°C durante cerca de 1 hora. O meu forno é normal e precisa de mais temperatura, eu asso à 290°C.
____________________________________________
Você sabia? Engadine é uma região ao leste da Suíça no limite das fronteiras alemã, austríaca e italiana… uma região de montanhas de uma beleza ímpar!
Embora as nogueiras não cresçam em Engadine, a torta de nozes é uma especialidade da região. Eis porque: há mais de 500 anos, os “Engadinois” emigraram para a Itália para trabalhar como confeiteiros. A fama deles era tanta, que eles foram logo chamados para se estabelecerem na França, na Inglaterra e na Rússia, onde o seu talento para os confeitos lhes permitiu enriquecer. De volta à Engadine, eles trouxeram especiarias e ingredientes de todos os países – em especial nozes, amêndoas e cacau – e abriram novas confeitarias.

Gulash

Fizemos ontem este goulash com restos de churrasco, ficou muito, mas muito bom. Indicarei aqui aproximadamente as quantidades  e tipos de carne de churrasco que tivemos, mas obviamente o resultado pode variar. Acompanhamos o goulash de massinhas de tipo concha, en vez dos gulyàsleves csipetkével da receita original.

Para 10 pessoas:

  • 2kg de carne bovina cortada em cubos
  • 300g de linguiça fina apimentada
  • 5 cebolas
  • 1 rodinha de alho
  • 100g de bacon
  • 3 tomates
  • 50g de concentrado de tomate
  • 2kg de batatas
  • 1kg de massas tipo conchinhas ou gravatinhas (ou faça os csipetkével você mesmo!)
  • meia-xícara de cominho em pó
  • 1 xícara de páprica doce
  • 2 colheres de sopa de páprica picante

Corte o bacon em tirinhas, deixe fritar um pouco numa panela bem grande, e acrescente a cebola fatiada e os dentes de alho inteiros. Deixe fritar até a cebola ficar transparente. Acrescente as carnes os tomates cortados em cubos, o páprica, o cominho, o concentrado de tomate,  uma pitada de sal, e acrescente água quase até cobrir o conteúdo da panela. Tampe, e deixe cozinhar por uma hora, mexendo de vez em quando e acrescentando água caso diminua demais (o goulash é uma sopa, originalmente, fica melhor quando tem bastante caldo).

Corte as batatas em pedaços grandes sem descascar, e coloque os pedaços no goulash. Acrescente mais água se necessário, quase até cobrir tudo. Deixe cozinhar por meia-hora amais, ou até que as batatas estejam bem cozidas, mexendo de vez em quando.

Sirva com as massas, com bastante caldo!

Jó étvágyat!

Panettone

Esse panettone é bem fácil de fazer. Faço com uma máquina de pão, mas o  método é o mesmo se for fazer a mão. Tome cuidado de não fazê-lo muito grande (a receita abaixo é para um panettone de 600g), porque ele cresce muito mais que um pão normal, na minha máquina ele chega quase até a tampa.

  • 3 ovos
  • 1 colher de chá de essência de baunilha
  • 1 colher de chá de essência de panetone
  • 3 colheres de sopa de manteiga
  • 3 colheres de sopa de óleo
  • 3 copos de farinha de trigo
  • 2 colheres de chá de sal
  • 4 colheres de sopa de açúcar
  • 2 colheres de sopa de leite em pó
  • 1 saquinho de fermento seco biológico
  • ½ copo de frutas cristalizadas  
  • ½ copo de uvas passas 

Também é possível acrescentar um ingrediente chamado “preparo para panettone”, uma massa composta de vários adjuvantes e melhoradores, disponível na Central do Sabor (acrescentar 2 a 3 colheres de sopa), mas não achei que fazia diferença muito significativa…

Coloque os 3 ovos no copo da máquina e complete com água, e adicione os demais ingredientes, exceto as frutas cristalizadas e as uvas passas na máquina, e escolhe o programa “pão doce” (ou o que tiver de similar). Esses programas geralmente misturam e sovam a massa, depois deixam ela descansar por uns 30 minutos, depois apitam para avisa-lo que é o momento de acrescentar recheios eventuais, e continuam sovando. Quando apitar (ou, se a sua não apita, mais ou menos 30 minutos após o início do programa), acrescente as frutas cristalizadas e as uvas passas. Depois disso, é só esperar o fim do programa.

Se for fazer a mão, siga o mesmo procedimento: Misture todos os ingredientes exceto as uvas passas e as frutas cristalizadas, sove, deixe crescer em uma vasilha coberta durante 30 minutos, acrescente as uvas passas e as frutas cristalizadas, sove novamente, deixe crescer por mais uma hora já na forma de assar, aqueça o forno na temperatura máxima durante 15 minutos, baixe a temperatura para 250°C e asse o panettone durante mais ou menos 40 minutos.

Sopa de queijo tilsit

O frio chegou e com ele essa receitinha fácil e rápida de fazer. E gostosa, e quentinha! Para 1 litro de sopa (2 a 3 pessoas, dependendo da fome), precisamos:

  • 150g de pão branco amanhecido
  • 800ml de caldo de carne
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • 1 cebola grande em cortada em pedacinhos
  • 200g de queijo tilsit ralado grosso
  • sal e pimenta

Corte o pão em fatias finas e coloque em uma tigela. Cubra com o caldo de carne quente (quase fervendo). Reserve. Numa panela, frite a cebola com a colher de manteiga até dourar. Acrescente o pão com caldo. Coloque o queijo e mexa até ferver. Acrescente a pimenta e sal se for necessário. Deixe ferver por 5 minutos mexendo de vez em quando para não grudar. Sirva com um pouco de queijo ralado para decorar. 🙂

queijo tilsit

 

 

 

Crumble de cerejas

Mais uma receita fááácil. E deliciooosaaa! Acho que uma das minhas prediletas.
Vamos lá, para umas 4 a 6 pessoas vamos precisar de:

  • 225g de farinha de trigo 
  • 110g  de açúcar de confeiteiro
  • 175g de manteiga sem sal 
  • 300 a 500g de cerejas (dependendo de quanto sabor de fruta preferir)
  • uma pitada de sal 
  • açúcar de confeiteiro para polvilhar
Pré-aqueça o forno a 180C (o meu forno normal eu deixo em 270 mesmo).
Misture a farinha, o sal e o açúcar em uma tigela. Corte a manteiga em pequenos cubos e adicione à tigela. Esfregue com as pontas dos dedos, até obter uma mistura de estilo grosseiro, tipo farofa. 
Reserve.
Lave as cerejas, retire os talos e os caroços.
Ponha um pouco da farofa em um prato e em seguida, adicione as cerejas no topo e misture.
Coloque a mistura em uma forma ou refratário untado com manteiga.
Cubra com o restante da farofa até que todas as cerejas estejam cobertas. Polvilhe um pouco mais de açúcar de confeiteiro em cima do crumble.
Leve para assar por uns 40min ou até que fique levemente dourado. Você vai saber que está pronto quando o topo estiver com uma cor marrom dourado e você puder ver o suco da fruta borbulhando através da superfície.

Sirva com sorvete de creme ou chantilly. UAU!

Costelinhas de porco com biscoitos Cheddar Bay

Esta receita é um mix desta e desta. São costelinhas de porco com um molho de cogumelos e cerveja escura, que acompanhei de Cheddar Bay biscuits, um tipo de pão de queijo americano bem famosinho.
Para as costelinhas:
  • 8 costelas de porco
  • meia lata de cerveja escura (idealmente Guinness, mas pode ser outra desde que não seja doce)
  • 1 1/2 colher de sopa de manteiga
  • 150g de cogumelos frescos
  • 2 colheres de sopa de bovril (caldo de carne concentrado)
  • 1/2 xícara de leite
  • 3 colheres de sopa de farinha de trigo
  • sal, pimenta do reino
Para os biscoitos:
  • 2 xícaras de farinha de trigo
  • 1 1/2 colher de chá de fermento químico em pó (royal)
  • 1 colher de chá de sal
  • 1 colher de sopa de alho triturado
  • 4 colheres de sopa de manteiga
  • 3 folhas de queijo cheddar derretido
  • 1 xícara de leite
Comece por fazer os biscoitos: Aqueça o forno em 250°C por 15 minutos. Corte a manteiga e o queijo em pedacinhos, misture todos os ingredientes e amasse com as mãos até formar uma bola bem homógena, com pedacinhos de alho e queijo dentro. Forme algumas bolas do tamanho de uma bola de ping-pong, ou até menor, e coloque em uma forma untada com manteiga. Asse por 15 a 20 minutos e deixe esfriar um pouco.
Faça as costelas: Passe as costelas na farinha, polvilhe os dois lados com pimenta preta e um pouquinho de sal, e frite elas na manteiga, dos dois lados, até que estejam bem douradas. Retire as costelas e reserve. Na panela, adicione o bovril e um pouquinho da cerveja. Mexe por alguns instantes até desgrudar os resíduos de cozimento das costelas. Acrescente os cogumelos e deixe cozinhar por 5 minutos, mexendo sempre. Acrescente o resto da cerveja, o leite, e cozinhe até o molho começar a engrossar.
Despeje o molho em cima das costelas.

Bisteca do porco na cerveja com couves de Bruxelas gratinadas

ou, mais impressionante, em flamengo: varkenskoteletjes op zijn brussels met gegratineerde spruitjes, ou, mais chique, em francês: côtes de porc à la bruxelloise avec gratin de choux de Bruxelles.
Este prato delicioso é uma junção de duas receitas do meu livro de cozinha belga favorito.  São bistecas de porcos cozidas na cerveja escura, acompanhadas de um gratinado de couves de Bruxelas. É relativamente fácil de fazer:
  • 8 bistecas de porco
  • 1 lata de cerveja escura (atenção, deve ser amarga, como a bohemia escura ou a eisenbahn azul, não doce como a caracu)
  • 2 cebolas
  • 2 colheres de sopa de vinagre
  • farinha de trigo
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • 500g de couve de Bruxelas
  • 200g de creme de leite
  • 50g de bacon
  • 300g de queijo mussarela ralado
  • 1 colher de sopa de mostarda
  • pimenta preta
  • noz moscada
  • salsa crespa para decorar
O gratinado de couves de Bruxelas
Pique o bacon em tirinhas bem finas, e frite em uma frigideira. Em uma panela grande, coloque os couves de Bruxelas lavados, e cubra com água fria. Coloque no fogo, e deixe ferver. Quando a água ferve, deixe mais 5 minutos e retire do fogo. Em um prato que vai no forno, untado com manteiga, coloque os couves de Bruxelas e o bacon, misturados. Despeje o creme de leite, uma pitada de pimenta preta e noz moscada, e, por cima, espalhe o queijo ralado. Coloque em forno quente (> 250°C) por mais ou menos 30 minutos, ou até que o queijo esteja dourado.
 
As bistecas
Passe as bistecas na farinha, e refogue elas na manteiga, por 3 ou 4 minutos de cada lado, com um pouco de sal e pimenta preta. Retire e reserve as bistecas. Acrescente as cebolas picadas, e deixe dourar. Deglace como vinagre.
Acrescente a lata de cerveja, a mostarda, e recoloque as bistecas no molho. Deixe cozinhar por 15 minutos com a panela tampada. Retire as bistecas, e acrescente uma colher de sopa de farinha no molho. Deixe engrossar por um ou dois minutos, mexendo bem para dissolver a farinha.
Sirva a carne com o molho por cima, e um pouco de salsa crespa picada.

Gulash de peixe

O gulash é um tipo de ensopado muito comum no Leste europeu, originário da Hungria. Cada país ali tem sua variação, e tem muitas receitas. O que sempre tem no gulash é batata, pimentão e paprika. O resto pode variar, na versão mais conhecida vai carne também. Esta versão, com peixe, se come nas bordas do mar báltico. O repolho roxo é adição minha, facultativa.
  • 300-400g de peixe branco e firme (meca, cação, etc)
  • 2 batatas
  • 1 cebola
  • 2 pimentões vermelhos
  • 2 colheres de sopa de paprika (doce ou picante, como prefere)
  • 2 tomates
  • 1 colher de chá de alho triturado
  • 1 xícara de repolho roxo (facultativo)
Corte a cebola em fatias e refogue em um pouco de azeite de oliva. Adicione o pimentão cortado em pedacinhos. Refogue mais um pouco. Adicione as batatas e os tomates cortadas em cubos, o alho, o paprika e uma boa pitada de sal. Coloque 2 xícaras de água na panela e tampe. Cozinha por mais ou menos 20 minutos, ou até que as batatas estejam macias (adicione mais água se necessário). Adicione o peixe cortado em pedaços, tampe a panela e cozinhe por mais 5 minutos, sem mexer para não quebrar os pedaços de peixe. Sirva sozinho, ou acompanhado de pão ou arroz.

Steak, cheese and stout pie (torta de carne, queijo e Guinness)

Esta torta é uma adaptação do Jamie Oliver de um clássico dos clássicos inglês. Normalmente tem tortas de carne e queijo, carne e cerveja, etc… O Jamie Oliver montou esta aqui que é um mix de todas essas opções, e é uma verdadeira loucura. Depois de comer ela você nunca mais ousará dizer que comida inglesa é ruim. O grande ingrediente desta torta é a cerveja Guinness, uma famosa cerveja irlandesa escura, amarga, pesada e quase sem gás, que é muito apreciada na Inglaterra também (apesar deles pretender o contrário).
A versão do Jamie Oliver é bastante demorada a fazer, tem que cozinhar a carne no forno, etc… Simplifiquei um pouquinho, mas conte umas boas 2 horas para fazer. Não tem muita dificuldade, principalmente porque usamos massa folhada pronta (para não fazer como certa amiga nossa que passou a madrugada inteira fazendo massa folhada hein Gê). Para uma torta (3 pessoas):
  • 1 pacote de massa folhada congelada
  • 500g de carne bovina (lagarto, coxão mole, alcatra…)
  • 1 cebola grande
  • 2 cenouras
  • 2 ramos de salsão
  • 200g de cogumelo fresco
  • alecrim (fresco se possível)
  • 1 colher de sopa de farinha
  • 1 colher de chá de alho picado
  • 1/2 lata de cerveja Guinness
  • 150g de queijo cheddar (ou um pacote de queijo cheddar derretido)
Corte a cebola e rodelas, e refogue em uma panela grande, com uma colher de sopa de manteiga. Vai cortando e acrescentando os ingredientes nesta ordem: cenouras, salsão, carne (em cubos de 1 a 2cm), cogumelos. Adicione o alho, o alecrim, um pouco de sal, a farinha e cobre com a cerveja. Tampe a panela e deixe cozinhar por uma hora, mexendo de vez em quando.
No fim, boa parte da cerveja evaporou e se forma um molho escuro e espesso. Você deve cuidar para não ter um molho muito liquido, um recheio de torta deve ser bem sólido. Se precisar, deixe cozinhar um pouco mais sem tampa, para secar. Desligue o fogo, corte o cheddar em pedacinhos e misture com o resto.
Abre a massa folhada, e corte um terço. Abre os dois terços com um rolo, e forre com eles uma forma alta untada com manteiga. Enche com o recheio, a abre o terço faltante com o rolo. Cobre o recheio com ele, e dobre o excesso de massa por cima, para dar uma cara rústica.
Coloque em forno bem quente (>250°C), e asse por 40 minutos ou até que o topo comece a ficar bem dourado. Sirva com ervilhas (por exemplo cozidas no vapor) para ficar bem tradicional. Acompanhe, claro, com cerveja Guinness (ou outra cerveja escura).

Sole meunière

A sole é o nome francês do linguado, a meu ver o melhor peixe do mundo. A famosíssima maneira meunière significa basicamente passar o peixe na farinha, cozinhar ele na manteiga e comer com a manteiga dourada pelo cozimento e limão. Dizem que é a sole meunière que Julia Child comeu no dia que a fez dedicar sua vida à cozinha francesa.
Fazer esta receita é relativamente simples, só tem um segredo: Muita, muita, muita, muita manteiga. Para 4 pessoas:
  • 500 a 600g de filé de linguado rigorosamente fresco
  • 100g de manteiga (150g para os audaciosos)
  • 1 limão siciliano
  • 1 xícara de farinha comum de trigo

O preparo é muito rápido e tem que comer imediatamente, portanto comece o processo a seguir depois dos convidados já estarem sentados na mesa.

Espalhe a farinha em um prato. Passe os filés de peixe na farinha, de cada lado, até ficarem bem cobertos de farinha. Em uma frigideira (ou duas, os filés tem que ficar bem à vontade), derreta a manteiga. Quando estiver fervendo, coloque os filés. Deixe fritar por alguns minutos de cada lado, até eles ficarem bem marrons. Retire os filés e coloque imediatamente diretamente nos pratos dos convidados. Despeje por cima a manteiga amarronzada que ficou na frigideira, e sirva com um quarto de limão, para cada pessoa poder espremer na quantidade que quiser.
Acompanhe com batatas ou mandioquinhas cozidas no vapor (com um pouquinho de sal grosso, salsinha, queijo ralado e manteiga, por exemplo), uma salada verde e um vinho branco bem delicado como um vinho verde.

Sauerbraten

Esta receita é uma adaptação de uma receita do Hank Shaw que é ela mesma uma adaptação de um clássico da cozinha alemã. O radical sauer- significa azedo, pois o molho é feito com vinagre e é azedo mesmo. Mas ficou realmente delicioso. O ideal é acompanhar com spätzle e couve roxa, ou, em caso de preguiça, com batatas ou massinhas, como aqui. A receita é relativamente simples de fazer, a única complicação é que a carne tem que ficar pelo menos 24 horas (um bom sauerbraten pode marinar por vários dias) na marinada…
  • 1kg de lagarto bovino
  • 2 cenouras
  • 1 cebola roxa
  • 3 ou 4 ramos de salsão
  • 1 colher de alho triturado
  • 1 colher de sopa de gengibre fresco cortado em pedaçinhos
  • 10 a 15 uvas verdes
  • 1 xícara de vinagre de maçã
  • 1 garrafa de vinho tinto seco (pode ser da pior qualidade, não gaste um vinho bom para cozinhar!)
  • algumas folhas de louro
  • tomilho (fresco ou seco)
  • 2 colheres de sopa de mostarda em grãos
  • sal e pimenta do reino
  • 2 colheres de sopa de manteiga (para o outro dia)
O preparo no dia antes é bem simples: corte todos os legumes em pedacinhos, e coloque em uma vasilha com todos os outros ingredientes. Mergulhe a carne nessa marinada, cobre com filme plástico (não vai querer que sua geladeira inteira pegue cheiro de sauerbraten) e coloque na geladeira até o outro dia.
No dia D, coloque duas colheres de sopa de manteiga ou azeite numa panela, e doure o pedaço de lagarto por algumas minutos de todos os lados. Passe ele para um prato que vai no forno, regue com umas colheres de sopa da marinada e asse em forno quente (>250°) por mais ou menos 50 minutos.
Em uma outra panela, coloque toda a marinada e ferve por 30 a 40 minutos, até que os legumes se desmanchem). Se secar muito, coloque um pouco de água no meio do cozimento. Todo o segredo do sauerbraten é no molho, portanto não hesite em deixar cozinhar um pouco mais se precisar, até ficar com consistência perfeita. No final, pode acrescentar uma colher de sopa de farinha se deseja engrossar um pouco.
Quando tudo for pronto, corte a carne em fatias, e despeja o molho por cima.

Fish cakes e couve-flor com molho de tomates

Esta receita é uma adaptação de 2 receitas (esta e esta) do Jamie Oliver. Ficou sensacional, e com cara bem inglesa, e exceto as anchovas os ingredientes são bem baratos. Você precisará de:
  • 1 couve-flor
  • 1 cebola roxa bem grande
  • 2 latas de tomates pelados
  • 1 colher de sopa de alho triturado
  • 1 xícara de azeitonas pretas
  • 1/2 xícara de vinagre
  • uma latinha de anchovas em óleo
  • tomilho, salsinha e louro
  • 5 ou 6 batatas grandes
  • 500g de filé de peixe (pode ser qualquer peixe, fresco ou congelado)
  • 1 colher de sopa de farinha
  • 1 ovo
  • sal e pimenta do reino
Comece por dourar a cebola com um pouco de azeite de oliva em uma panela grande. Acrescente o alho, as azeitonas e as anchovas, deixe fritar um pouco mais, acrescente o vinagre, os tomates pelados, encha uma das latas com água e acrescente. Esmague os tomates com um garfo, deixe cozinhar mais  uns minutos e coloque o couve-flor inteiro no meio do molho, apertando ele um pouco. Ele tem que ficar meio mergulhado no molho, meio para fora, ali está o segredo (depois quando comer, certas partes do couve-flor terão muito gosto do molho, outras não). Acrescente sal e pimenta do reino e deixe cozinhar com a panela tampada por 40 a 50 minutos.
Em outra panela, cozinhe as batatas descascadas e cortadas em cubinhos em água salgada, por mais ou menos 20 minutos ou até que estejam bem macias. Se usar uma panela que suporta um escorregador para cozinhar no vapor, melhor, você poderá cozinhar o peixe junto, em cima das batatas, por 5 a 10 minutos.
Escorre as batatas, esmague-las com um garfo, esmigalhe o peixe nelas, acrescente uma colher de sopa de farinha e o ovo. Misture bem. Forme bolinhos com a mão, e role eles na farinha. Frite eles em uma frigideira com um fundo de azeite de oliva (isto é, com bem pouco azeite, não imersos como um pastel), mais ou menos 5 minutos de cada lado. Tome cuidado na hora de vira-los, são frágeis.
Enjoy!