Rougail de banana da terra e zembrocal

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Estes são dois pratos típicos de Madagascar e da Reunião. O rougail tradicional é de linguiça (rougail saucisse), mas tem muitas variações possíveis. Esta com banana da terra ficou muito boa e totalmente exótica. Se trata de um cozido de tomates e pimenta, com bastante gengibre e cúrcuma. Tem muitas receitas onde se troca o ingrediente principal (achei por exemplo receitas com linguiça, banana da terra, manga, abacate, amendoim, ou bacalhau). O zembrocal, um acompanhamento recomendado por todos os blogs com sendo o melhor para esse prato, é um tipo de risoto feito com batata e cúrcuma, e realmente, vale o desvio por ele só.

O preparo é bem fácil e rápido. As receitas a seguir vem (principalmente) desta e esta. As quantidades a seguir são para 2 pessoas:

Para o rougail:

  • 1 cebola
  • 4 tomates
  • 2 ou 3 pimentas vermelhas grandes
  • 2 colheres de chá de gengibre fresco descascado e picado
  • 6 dentes de alho
  • 3 bananas da terra
  • 1 colher de sopa de cúrcuma
  • 2 colheres de sopa de óleo de amendoim

Para o zembrocal

  • 1 cebola
  • 2 dentes de alho
  • 1 batata grande
  • 1 xícara de arroz comum (agulinha)
  • 1 colher de sopa de cúrcuma
  • 1 colher de sopa de óleo de amendoim
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Pique o alho, as pimentas, a cebola e o gengibre. Coloque numa numa panela com o óleo de amendoim. Deixe dourar. Acrescente as bananas da terra descascadas e cortadas em pedaços bem grandes. Deixe fritar por alguns minutos, mexendo com frequência. Acrescente os tomates picados, tampe a panela, acrescente sal a gosto, e cozinhe em fogo baixo por 10 a 15 minutos, mexendo de vez em quando, até os tomates desmancharem e formarem um molho. As bananas devem ficar bem inteiras ainda.

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O Zembrocal

O preparo é muito fácil: Pique o alho, a cebola e a batata em cubos bem pequenos, deixe fritar o todo por alguns minutos numa panela com o óleo. Quando começa a pegar no fundo da panela, acrescente o arroz, deixe fritar um minuto mexendo sem parar. Cubra com água, acrescente sal a gosto, e deixe cozinhar em fogo baixo, acrescentando água novamente cada vez que começa a secar, por 15 a 20 minutos, até o arroz e as batatas ficarem totalmente cozidos. Alguns minutos antes do fim, quando está quase cozido, acrescente o cúrcuma, e misture bem. Deixe evaporar a água sobrando até formar um caldo bem grosso.

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Molho bechamel perfeito da Julia Child

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Me dou conta que nunca postei esta receita aqui, mas se trata de uma coisa preciosíssima para quem gosta de cozinhar. É um molho bechamel perfeito, espesso, untuoso, que se usa como base para uma quantidade de coisas (suflês, molhos diversos, recheios de tortas, panquecas, etc). Na verdade estou postando mais para mim mesmo, porque faço esse molho o tempo todo. E o melhor de tudo, contrariamente ao método clássico, é impossível de errar. Só fique bem atento às quantidades precisas.

  • 56g de manteiga
  • 42g de farinha
  • 236ml de leite

Esta quantidade serve por exemplo para uma lasanha, ou um suflê. Para fazer um pouco menos, por exemplo como na foto acima, 42g de manteiga, 32g de farinha e 177ml de leite.

Se você for usar puro, adicione um pouco de sal e pimenta do reino no leite. Senão, depende da sua receita.

Coloque o leite em uma panela, a manteiga cortada em cubos em outra maior. Coloque as duas panelas no fogo baixo no mesmo tempo. Quando a manteiga derreteu, adicione a farinha, misture, e deixe a farinha + manteiga “borbulhar” por um minuto ou dois, até o leite ferver. Desligue o fogo nas duas panelas, e despeja o leite fervendo na manteiga + farinha. Misture, está pronto.

 

A verdadeia ratatouille

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Já mostramos aqui, há um certo tempo, uma outra receita de ratatouille que mostrava a versão imaginada pelos criadores do filme “Ratatouille” da Pixar. Mas acontece que essa versão é muito diferente da versão original francesa. Na verdade, nem tão diferente. Por mais que a ideia de uma receita tradicional francesa “reinventada” por americanos seja chocante, devemos admitir que eles conseguiram fazer algo interessante, transformando uma receita tão caseira como, digamos, o couve refogado, em um prato de restaurante de quatro estrelas…

Mas a versão tradicional, sem nenhuma dúvida, tem um valor inestimável. Tem mais ingredientes, mais temperos, um sabor mais forte, que a versão ianque. Você pode comê-la como prato principal, acompanhando apenas de algo neutro como arroz, alguma massa simples, ou como aqui acima, cuscuz marroquino, ou ela pode virar um acompanhamento para carne, frango ou peixe.

O preparo é muito fácil, mas pede idealmente uma boa panela de barro ou de ferro fundido, porque a graça é de deixar cozinhar bastante tempo sem mexer, o que requere uma panela bem espessa para não queimar. Para 3 pessoas:

  • 6 a 8 dentes de alho
  • 2 cebolas
  • 1 berinjela
  • 2 abobrinhas
  • 1 pimentão vermelho
  • 4 tomates
  • louro e ervas de provence a gosto
  • sal, pimenta do reino a gosto
  • azeite de oliva

Esquente 3 ou 4 colheres de sopa de azeite na panela. Descasque o alho, e deixe os dentes fritar, inteiros, por alguns minutos, mexendo um pouco para que fritem de todos os lados. Quando começam a dourar, acrescente as cebolas cortadas apenas em 8 (corte apenas 2 vezes,  como uma cruz, em cada metade), os pedaços devem ficar bem grande. Deixe fritar até começar a dourar.

Acrescente o pimentão em a berinjela, cortados em cubos grandes (2 a 3 cm), e as abobrinhas. Deixe fritar mais alguns minutos, mexendo de vez em quando. Acrescente uma boa colher de sopa de ervas de provence, algumas folhas de louro, uma pitada de sal, e otra de pimenta do reino. e os tomates cortados em cubinhos.

Tampe a panela, reduza o fogo ao mínimo. Mexa de vez em quando, para não queimar no fundo da panela, mas mexendo o mínimo possível. Os pedaços de legumes tem que ficar inteiros, apenas o tomate deve virar molho. Se precisar, acrescente um pouco de água no correr do cozimento.

Depois de uns 25, 30 minutos, os legumes començam a ficar bem cozidos, e o cheiro fica divino. Nesse momento já está pronto para comer, mas se você deixar cozinhar mais tempo, por exemplo mais meia-hora ou até mais uma hora, ficará melhor ainda. Só tome cuidado para os legumes não desmanchar, mas ainda ficar inteiros. A chave para isso é manter o fogo baixo, mexer o mínimo possível.

Bon appétit!

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აჯაფსანდალი (Ajapsandali)

ajapsandaliO ajapsandali é um prato vegetariano da Geórgia, um pouco parecido com um ratatouille. Mas fica muito diferente por conta dos temperos, e também porque contém batatas. O preparo é muito simples, tudo se faz na mesma panela. A receita vem daqui.

Você precisará de:

  • 500 g de batatas
  • 600 g de berinjelas
  • 3 tomates grandes
  • 3 cebolas
  • algumas folhas de louro
  • 2 pimentões verdes
  • 2 pimentões vermelhos
  • 3 ou 4 dentes de alho
  • 1 colher de sopa de coentro em pó
  • 1 colher de chá de pimenta vermelha
  • 1 colher de chá de pimenta do reino preta
  • 50 ml de óleo
  • sal a vontade
  • cebolinha para decorar

10325636_700387923340769_1292547181332219311_nCorte todos os ingredientes em cubinhos. Coloque a cebola, as batatas e as berinjelas com as folhas de louro em uma panela grande. Despeje o óleo por cima. Cubra a panela, e cozinhe por alguns minutos, mexendo de vez em quando, até os legumes começarem a ficar macios. Adicione os tomates, cozinhe por mais alguns minutos, e adicione todo o resto dos ingredientes.

Cozinhe por mais 20 a 25 minutos com a panela tampada, até que todos os legumes estejam bem cozidos, e a batata tenha desmanchada. Polvilhe com a cebolinha.

Acompanhe com arroz, ou quem sabe, outros itens de cozinha georgiana

ხაჭაპური (khatchapuri)

10177332_700387760007452_9052021085833955718_nO khatchapuri é um tipo de esfiha georgiano, feito com uma massa similar a uma massa de pão, e recheado com queijo georgiano sulungi. É um dos ítens mais conhecidos da cozinha georgiana. Tem vários tipos e formatos de khatchapuri, alguns são abertos, outros fechados, vou ilustrar vários tipos aqui.

Fica muito parecido com uma esfiha libanesa gigante (um khatchapuri é muito maior, é um prato para uma pessoa), mas tem um sabor bem diferente.

10277736_700387876674107_562424208484790296_nA receita a seguir vem de estas duas: khatchapuri e acharuli (o tipo mais comum de khatchapuri). Obviamente, o queijo sulungi é impossível de encontrar em nossas terras (pelo menos no dia de hoje. Não duvido que muito em breve, a onda georgiana vai chegar aqui com toda força, como está acontecendo agora mesmo em Nova Iorque).

Mas conseguimos uma boa alternativa, que os nossos amigos entendidos de cozinha georgiana (você sabem quem são, ou melhor, quem é esse), acharam bem parecido com o original: Uma mistura de 50% de ricota e 50% de queijo minas padrão (o envelhecido, não o fresco).

10177335_700387740007454_8332486497202216918_n Para a quantidade de khatchapuri ilustrada na segunda imagem acima, você precisará de:

  • 1 kg de farinha de trigo comum
  • 200 ml de água
  • 200 ml de leite
  • 50 ml de óleo (canola, girassol, como quiser)
  • 2 colheres de sopa de fermento de pão (fresco ou seco)
  • 500 g de ricota
  • 500g de queijo minas padrão (o envelhecido, não o fresco)
  • 1 ou 2 ovos (ou mais, facultativo)
  • 2 ou 3 colheres de sopa de manteiga (uma para cada khatchapuri aberto que fizer)

A receia é muito simples: Dissolva o fermento na água (de preferência morna). Adicione o leite, e misture com a farinha e o óleo. Sove até formar uma massa bem homógena e lisa. Deixe crescer numa vasilha coberta com um pano úmido por cerca de uma hora.

Rale os dois queijos usando os furos maiores do ralador, e misture os dois.

Divide a massa crescida em 5 ou 6 bolas. Para fazer khatchapuris aberto, basta abrir a massa com um rolo, deixando uma espessura de mais ou menos um centímetro (pode ser um pouco mais fino também), colocar queijo no centro, e dobrar as bordas para cobrir o perímetro do queijo. Também pode fazer a forma de barco típico do khatchapuri (ver fotos acima). Se quiser, quebre um ovo por cima, e coloque uma colher de sopa de manteiga em cima.

Para fazer um khatchapuri fechado, separe um terço da massa antes, que vai virar a tampa. Prossiga da mesma forma que para o aberto, mas antes de fechar as bordas, coloque um disco feito com o terço da massa que você separou.

Asse em forno quente (> 250 °C) por mais ou menos meia-hora, ou até que a massa doure.

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Berinjelas com pasta de nozes

10336751_700387816674113_8178278653988307836_nContinuando a grande aventura na cozinha georgiana, esse aqui talvez seja o mais absurdamente delicioso até agora. São fatias de berinjelas, fritas, e recheadas com uma pasta de nozes. A receita vem daqui.

10299073_700387843340777_7634758548468317951_nVocê vai precisar de:

  • 500 g de berinjelas
  • 250 g de nozes
  • 1 colher de sopa de feno grego
  • 1 colher de sopa de coentro em pó
  • 1 colher de sopa de paprica doce
  • 3 dentes de alho
  • 3 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
  • sal
  • Azeite para fritar

Corte as berinjelas em fatias compridas e finas (meio centímetro, mais ou menos). Frite elas em uma frigideira untada com azeite, dos dois lados, até que fiquem bem douradas. Faça poucas fatias de cada vez. Coloque mais azeite quando você troca as fatias.

Faça o recheio, misturando todos os outros ingredientes, e passando no mixer (é melhor não usar o liquidificador, porque precisamos que fiquem pedacinhos). Quando tiver uma pasta bem homógena, é só pegar cada fatia, por uma colher de pasta em uma metade da fatia, e dobrar a outra metade, apertando um pouco.

Puttu

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O puttu é um bolinho indiano feito com farinha de arroz e cozido no vapor. É um item de café da manhã favorito no sul da Índia e no Bangladesh. Normalmente, na Índia, se usa um utensílio especial para preparar o puttu, mas esta receita bem detalhada ensina como fazer com uma panela clássica que tiver uma cesta para cozinhar no vapor. Outra receita que usei como base é esta.

O puttu fica algo entre um cuscuz marroquino é uma tapioca. Fica delicioso com um curry bem forte (os dois acompanhamentos prediletos para um bom café da manhã indiano são o kadala curry ou o curry de ovos). O preparo é bem fácil:

  • 2 xícaras de farinha de arroz crua
  • 1 xícara de coco ralado
  • 1 colher de chá de cominho em pó
  • 1 pitada de sal
  • 1/2 colher de sopa de açúcar
  • 1/2 xícara de água

Coloque água para ferver na panela que tem uma cesta para cozinhar no vapor. Misture todos os ingredientes, e sove até formar grumos úmidos, que, quando apertados, formam uma massa, mas voltam facilmente a grumos se esfarelados. Esse é o ponto certo. Faça os grumos o menor possível.

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Quando a água começa a ferver, coloque essa mistura na cesta, e deixe cozinhar com a tampa fechada, sem abrir, por 5 minutos.

Retire do fogo, e forme bolinhos colocando uma parte de puttu no fundo de um copo, e apertando com um outro copo idêntico. O puttu se desenforma bem facilmente, mas é frágil, manuseie com cuidado.

Acompanhe com o seu curry favorito. Tem vários aqui no blog!

Aloo Baingan

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Aloo significa batata, e baingan berinjela, em – até onde pesquisei – várias línguas da Índia. Se você for procurar por “aloo” na net, tem muitas receitas do país inteiro a base de batatas, sempre rende um prato bem diferente, delicioso e rápido. Este aqui é fácil e bem rápida de fazer (mais ou menos 30 minutos, mais 20 minutos para a marinada das berinjelas). As quantidades a seguir fazem um prato para 2 a 3 pessoas

  • 1 berinjela grande ou 2 pequenas
  • 3 batatas médias
  • 1 cebola grande
  • 5 ou 6 dentes de alho
  • 2 colheres de sopa de óleo
  • 2 colheres de sopa de cúrcuma
  • 2 colheres de sopa de coentro moído
  • 2 colheres de sopa de masala
  • 1 colher de sopa de mostarda
  • 1/2 copo de água

Esta receita a principio não tem pimenta, mas se você preferir, adicione a gosto.

Comece por cortar as berinjelas em pedaços bem compridos. Coloque os pedaços em uma vasilha com bastante sal (um bom punhado). Mexe um pouco para que o sal cobre os pedaços mais ou menos uniformemente, e deixe descansar por 20 minutos. Isso retira o gosto amargo das berinjelas (dá para pular esta etapa, mas juro que o gosto fica muito melhor). Quando descansou, lave bem os pedaços de berinjela para retirar o sal.

Corte as cebolas em fatias, descasque o alho (deixe os dentes inteiros), e frite os dentes de alho sozinhos por um minuto ou dois no óleo aquecido. Acrescente a cebola, e deixe fritar mexendo de vez em quando até a cebola ficar transparente. Retire a cebola e o alho da panela, e reserve.

Na panela onde fritou a cebola, jogue a berinjela e as batatas não descascadas, cortadas em pedaços compridos. Coloque a água no fundo, tampe a panela e deixe cozinhar por 10 minutos. Acrescente todos os temperos, a cebola, o alho, a mostarda, mais um pouco de água se ficou muito seco, e cozinhe por mais 10 minutos, mexendo de vez em quando.

Quando a batata ficou bem macia, está pronto! Acompanhe com arroz comum, ou, melhor, arroz basmati (de jasmim) ou chapatis.

Chapati

Eu adoro chapati. Temos um restaurante indiano muito bom próximo a nossa casa. Mas ultimamente ele tem exagerado um pouco nos preços… Então eu resolvi dar uma pesquisada nas receitas. E descobri que fazer chapati é super fácil. Essa receita tem muitas variações, mas eu escolhi uma bem simplesinha, que me pareceu a mais tradicional. E olha, ficou igualzinho.

Para fazer 6 chapatis você precisa de:

  • 1 xícara de farinha integral
  • 1 fio de óleo ou azeite
  • 1 pitada de sal (a gosto)
  • farinha para abrir a massa

Coloque a farinha numa tigela com o sal e um fiozinho de óleo (nem precisa em algumas receitas mas eu achei legal colocar) e vá acrescentando água aos poucos até que seja possível fazer uma bola homogênea. Ela tem que desgrudar da sua mão. Divida a massa em 6 pedaços iguais e faça bolinhas menores com cada um deles.

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Pegue uma bolinha de massa, passe na farinha e achate com a mão. Abra a massa com um rolo ou rolinho (eu não tenho um rolinho ainda, mas vou providenciar) em forma circular, numa espessura como se fosse uma panqueca.

Leve uma frigideira ao fogo (eu só tenho tefal, mas eles usam uma de ferro fundido) e deixe esquentar bem. Coloque o chapati e deixe até que ele comece inflar (sim, é bizarro), quando ele inflar vire para cozinhar o outro lado. Para baixar e ele ficar chatinho, use  um pano de prato limpo e seco dobrado em várias camadas e aperte-o na frigideira, funciona bem.

Faça com os outros e depois sirva com o seu prato preferido indiano!

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Alho-porró a flamenga

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Caso você acabou de ler o outro post sobre aspargos a flamenga, e pensou “onde vou encontrar aspargos agora”, os seus problemas acabaram. Esta versão “de pobre” (aspargos são caros), se faz exatamente da mesma maneira, mas com alho-porró. Fica igualmente fantástico.

  • 4 alhos-porrós
  • 2 ovos cozidos (10 minutos)
  • 100g de manteiga

Corte as partes verdes mais duras dos alhos-porrós, e um meio centímetro da base, caso esteja com a base dos raízes ainda. lave bem, se necessário, faça um corte no comprimento do alho-porró, mais ou menos até o centro (não corte eles em dois). Isso permite afastar bem as folhas e retirar toda a terra que costuma ficar bem no fundo. Ferva água com sal, e coloque os alhos-porros nela para cozinhar, por mais ou menos 25 minutos, ou até que fiquem bem macios.

Coloque os alhos-porrós cozidos num prato, Esmague os ovos cozidos com um garfo e despeje por cima, e cobre com a manteiga derretida. Uma delícia total!

Curry caseiro

Desiste do curry pronto do supermercado! Este é muito melhor, e muito simples. Basta misturar os ingredientes seguintes:

  • 1 colher de coentro em pó
  • 1 colher de cominho em pó
  • 1 colher de canela em pó
  • 1 colher de cardamomo em pó
  • 1 colher de pimenta do reino preta em pó
  • 1 colher de cúrcuma (também injustamente chamado de “açafrão da terra) em pó

 

 

 

Sopa de queijo tilsit

O frio chegou e com ele essa receitinha fácil e rápida de fazer. E gostosa, e quentinha! Para 1 litro de sopa (2 a 3 pessoas, dependendo da fome), precisamos:

  • 150g de pão branco amanhecido
  • 800ml de caldo de carne
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • 1 cebola grande em cortada em pedacinhos
  • 200g de queijo tilsit ralado grosso
  • sal e pimenta

Corte o pão em fatias finas e coloque em uma tigela. Cubra com o caldo de carne quente (quase fervendo). Reserve. Numa panela, frite a cebola com a colher de manteiga até dourar. Acrescente o pão com caldo. Coloque o queijo e mexa até ferver. Acrescente a pimenta e sal se for necessário. Deixe ferver por 5 minutos mexendo de vez em quando para não grudar. Sirva com um pouco de queijo ralado para decorar. 🙂

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Berinjelas marinadas

Tem no Asia House uma berinjela marinada fantástica que sempre quis tentar reproduzir. Bem, é super fácil. É melhor fazer a receita uma hora ou duas antes de comer, para que marine bem. Precisará de:
  • 2 ou 3 berinjelas (ou mais, aumentando um pouco as outras quantidades)
  • 1 colher de sopa de molho shoyu
  • 1 colher de sopa de vinagre de arroz (ou outro vinagre branco)
  • 1 colher de sopa de sakê
  • 1 colher de sopa de óleo de gergelim
  • 1 colher de sopa de açúcar
  • 1 pitada de sal
Corte as berinjelas em cubos, e cozinhe no vapor por 10 minutos. Prepare a marinada misturando os demais ingredientes, e despeje as berinjelas cozidas dentro. Misture, e deixe na geladeira por uma hora ou duas. Sirva frio.

Risotinho rápido

A foto tá de baixa qualidade, mas o risoto, humm! 

Você sozinho em casa, chove lá fora, vontade de comer algo quente e gostoso sem ter que sair pra buscar.
Resta abrir a geladeira e se virar com o que tem dentro. Nem sempre o resultado é satisfatório, mas às vezes merece até post. Com vocês, risoto à jato de alho-poró e maçã!

  • 1 cebola pequena
  • 1/2 pimentão vermelho pequeno
  • 1 alho-poró pequeno
  • 1 maçã pequena (eu tava sozinha, gente!)
  • 2 colheres de manteiga
  • um bom punhado de parmesão
  • 1/2 copo de suco de laranja
  • 1 1/2 xícara de arroz cozido

Claaro que fica “ultrarápido” se o arroz já estiver cozido, como o meu estava, mas se não tiver arroz cozido aí na sua casa, isso não vai demorar muito mais.
Refogue um pouco a cebola e o pimentão picadinhos em uma colher de manteiga. Acrescente o alho-poró também picado, e deixe refogar até começar a amolecer. Junte o arroz cozido e o suco de laranja, misture bem. Se secar, coloque um pouco mais de água. Acrescente a maçã em tirinhas, misture, acrescente o parmesão (a mistura tem que estar meio úmida, se precisar, acrescente um pouco mais de suco ou água) e misture outra vez. Prove e ajuste o tempero – eu salguei com uma colherada de shoyo. Junte outra colherada de manteiga e abafe por 2 minutos. Voilá! =)

Risotto alla cacciatora

Este risotto tem várias receitas, mas os ingredientes de base são simples: lascas de carne, pancetta, cogumelos e vinho tinto. Se você tiver carne sobrando de algum churrasco, melhor ainda. Para 4 pessoas:

  • 600g de carne bovina (coxão mole, alcatra, ou outra)
  • 150g de pancetta (ou bacon em fatias)
  • 1 cebola
  • 200g de cogumelos frescos (champignons, shimeiji, o que preferir)
  • 1 copo de vinho tinto seco
  • 3 copos de arroz arborio (arroz para risotto)
  • Sal e pimenta do reino

Começa a fritar a pancetta em uma panela. Quando soltar óleo, acrescente a cebola cortada bem fino. Quando tudo ficar dourado, acrescente a carne cortada em tiras finas. Quando ela também tiver dourado, acrescente os cogumelos e o vinho tinto. Coloque uma pitada de sal e de pimenta do reino a gosto.
Deixe cozinhar por alguns minutos, e acrescente o arroz. A partir de agora, não deixe muito tempo sem mexer, pois o arroz arborio gruda muito rapidamente na panela se não for mexido. Vá cozinhando e acrescentando água aos poucos, assim que começar a secar, sempre mexendo. É necessário colocar água aos poucos para conseguir chegar ao ponto perfeito, sem arriscar colocar água demais. Vá provando o arroz; quando começar a ficar cozido, mas com o centro do grão ainda firme, significa que estamos quase no ponto certo, e que podemos parar de acrescentar água.
O ideal é quando o grão cozinhou bastante para formar uma cola bem grudenta , mas ainda ficou muito “al dente”. Assim é que se come um verdadeiro risotto italiano…

Salade au chèvre chaud

Essa receita é muito simples e é muito deliciosa. Existem muitas variações, inclusive com outros queijos que não o de cabra. Mas com queijo de cabra, acreditem, fica simplesmente superior.

Aqui os ingredientes são os astros, pois o modo de preparo é fácil demais.
  • 02 colheres de sopa de mostarda dijon
  • 03 colheres de sopa de vinagre branco
  • 06 colheres de sopa de azeite de oliva
  • sal
  • pimenta
  • 01 colherinha de mel
  • folhas verdes
  • tomates cereja
  • queijo de cabra
  • farinha de rosca para empanar
  • 1 clara de ovo
Lave as folhas verdes e os tomatinhos e coloque em uma tigela. Faça um molho com mostarda, vinagre, azeite de oliva, sal, pimenta e mel. Despeje na salada ou guarde para cada um colocar. Reserve.
O queijo que usamos aqui é um mais ou menos mole, então precisa empanar. Corte o queijo em fatias (se quiser deixe no congelador um pouco para endurecer), passe as fatias na clara de ovo depois na farinha de rosca e frite rapidamente numa frigideira bem quente com um fio de azeite apenas. Deve ficar levemente dourado fora e derretendo dentro (só dentro, ele não pode derreter todo). Hmm!
Sirva ainda quente acompanhando a salada. Hum! Adoro!

Salada verde com queijo é um prato muito comum na Bélgica e na França também. Existem outras variações que usam queijos mais duros que podem ir ao forno ou derreter em cima de uma fatia de pão. Ou até mesmo bons queijos que não são de cabra podem ficar ótimos assim.
Pode ser um acompanhamento para carnes ou servir só assim com torradas. Eu acho ótimo.

Lambe-lambe do TioDin

Tiodin nos convidou e acabou convidado por nós! Fez um maravilhoso lambe-lambe (que eu comecei a postar no ano passado!!) … bom, vou deixar que ele explique:

Uma receita manezinho (do ilhéu barriga-verde, que nasce na ilha mesmo – aliás, só é manezinho que nasce NA ilha, no continente não vale). Consta que os pescadores, desde sempre, catam os mariscos das pedras na maré baixa para fazer diversos pratos, entre eles o lambe-lambe feito com arroz: os mariscos que se abrem durante o cozimento e ficam recheados de arroz saboroso. É rápido, fácil, delicioso e além de tudo, barato: em Floripa, o quilo de mariscos custa R$ 4,00. Gastamos cerca dois quilos nessa receita.

Ajudei o Tiodin a preparar a iguaria para um batalhão e observei os segredos. Seguem as medidas aproximadas para cerca de 15 pessoas (bota a cabeça aí pra calcular frações!):

3 dúzias de mariscos frescos, na concha
6 cebolas
6 tomates
1 pimentão verde
1 pimenta dedo-de-moça
1 copo de vinho branco seco
2 envelopes de hondashi (mistura para tempero sabor peixe)
3 xícaras de arroz

Os mariscos costumam já vir limpos, mas aperfeiçoamos essa higiene retirando um pouco mais dos cabelinhos que ficam grudados, com ajuda de uma faca. TioDin gosta de deixar o arroz pré-cozido, mas essa é uma daquelas peculiaridades dessas receitas típicas, daquelas que cada família tem uma.

Então, depois de limpar os mariscos e deixar todos os temperos picados, e o arroz pré-cozido, fizemos um sofrito: um refogado, com cebola, tomate, pimentão, pimenta. Acrescentamos vinho e hondashi, os mariscos, o arroz, terminando de cozinhar, e voilá!
A ideia é comer usando a conchinha como colher – daí o nome. É infinitamente mais gostoso! 😀

O que vocês acham? Será que a Tatá gostou? 😀

Salada grega

A salada grega é um clássico absoluto na Grécia. Onde você for comer, será servida uma salada grega antes da refeição (como por exemplo a mussaka). É o couvert local, por assim dizer. Ela é normalmente feita com queijo feta (o famoso queijo de cabra grego), mas para baratear (o queijo feta custa o olho da cara) pode também usar um outro queijo de cabra ou até um queijo de minas muito novo, daqueles que são muito moles e que tem um gostinho azedo ainda. Você precisará portanto de:

  • 100 a 200g de queijo feta, de cabra ou de minas novo
  • 3 ou 4 tomates
  • 1 ou 2 pepino japonês
  • uma cebola roxa
  • azeitonas pretas
  • alface comum (facultativo)
  • orégano
  • azeite de olive da melhor qualidade (procure por extra virgem de primeira pressão a frio)

Corte os tomates e o pepino e o queijo em cubos. Fatie a cebola bem fino, e destaque as rodelas. Rasgue algumas folhas de alface, e coloque tudo num prato. Adicione azeitonas, polvilhe com orégano e regue com uma dose generosa de azeite de oliva.

Risoto de limão siciliano e manjericão

Para 02 pessoas:

  • 02 colheres de sopa de azeite de oliva
  • 500 ml de caldo de legumes (tablete ou natural)
  • 01 alho-poró inteiro fatiado (inclusive a parte verde)
  • 02 talos de salsão fatiados (com as folhas)
  • 01 limão siciliano cortado em 04 partes e depois fatiado
  • 01 dente de alho amassado
  • 03 colheres de sopa de majericão picado
  • 150g de arroz para risoto
  • 02 colhres de sopa de queijo parmesão ralado
  • 75 ml de vinho branco seco

Usando o azeite, frite o alho-poróe o salsão numa panela de fundo grosso, com fogo alto, até estejam macios.
Junte o alho e o arroz, frite mais um pouquinho e adicione o vinho. Adicione o caldo de legumes. Quando ferver, abaixe o fogo e tampe a panela. Se precisar adicione água. Quando o arroz estiver cozido, junte o manjericão e o limão, mexendo suavemente. Polvilhe com o pamesão e sirva.

Ovo cocotte no tomate

Aqui mais uma receitinha fácil, rápida e deliciosa. E light! Para 2 pessoas vamos precisar de:

  • 02 tomates
  • 02 ovos
  • 01 pitada de páprica
  • folhas de manjericão
  • pimenta preta em pó
  • sal
Lave os tomates e tire uma tampa. É importante escolher tomates mais ou menos grandes. Eles não precisam ser enormes, mas o ovo precisa caber dentro. Os tomates gaúchos são mais fácil de achar num tamanho bom.
Retire a parte interna do tomate sem o furar. Coloque sal, pimenta e manjericão à gosto. Uma pitada e pimenta, um pouco de sal espalhado pelo interior e 2 ou 3 folhas de manjericão são suficientes.
Quebre um ovo dentro do tomate.
Coloque sal e pimenta à gosto e a pitada de páprika no ovo. Feche o tomate com a tampa.Deixe assar por 15 a 20 min em forno pré-aquecido à 250 graus (para forno normal à gás).
Não é uma regra, mas gema do ovo costuma ficar dura e os tomates um pouco murchos.
É muito bom!