Zonzo

El zonzo es un exquisito manjar típico de la provincia de Santa Cruz”, é o que lhe dirá Google quando perguntado sobre este prato. Se trata de um bolo feito com mandioca e queijo branco, tradicionalmente enrolado num pedaço de madeira e assado na brasa mas que faremos de modo mais simples. Até há pouco dava para degustar um zonzo delicioso na feira da praça Kantuta, mas recentemente pararam de fazer porque ninguém pedia… A saída foi óbvia:
  • 2 ou 3 mandiocas cozidas amassadas
  • 1 queijo de minas pequeno e bem mole esmigalhado
  • 5 colheres de sopa de manteiga
  • 2 ovos
A receita não tem segredo nenhum, misture todos os ingredientes, adicione sal a gosto, coloque em uma assadeira e asse por 30 a 40 minutos em forno quente (>250°C).

Aji de Fideo

Esta receita da Estela é um prato bem típico de La Paz, fácil, delicioso e bem apimentado!
  • 5 cebolas
  • 4 tomates
  • 6 batatas médias cortadas em 3
  • muita pimenta e alho
  • 6 nidos de massa tipo talharim
  • opcionalmente, um pouco de carne cortada em tiras
Faça um molho cozinhando os tomates e as cebolas cortados em tiras, e a pimenta e o alho cortados muito fino em uma panela tampada, com um pouco de água. Cozinhe as batatas (e a carne se tiver) nesse molho, com a casca se desejar, acrescentando mais água se necessário para que não queime. Acrescente sal a gosto.
Em uma panela separada, frite a massa em um pouco de óleo, e acrescente ao molho. Continue cozinhando até que a massa esteja bem cozida.

Soufflé de mandioca

Este soufflé é muito fácil de fazer, e faz um acompanhamento bem requintado para qualquer coisa, peixe, carne, etc. Se sobrou mandioca de alguma outra receita, aqui está um uso perfeito para ele.
  • 2 xícaras de mandioca cozida
  • 4 ovos
  • 1 xícara de leite
  • 2 colheres de sopa de manteiga
  • 1 xícara de queijo parmesão (ou outro queijo de massa dura) ralado na hora
  • sal a gosto
Amasse a mandioca com um garfo. Separe as claras dos ovos, e misture bem todos os outros ingredientes até obter um creme grosso. Bate as claras em neve, e misture a neve delicadamente com o resto. Coloque em forno quente e deixe dourar por 30 minutos. Simples assim!

Croissants express

A grande dificuldade de fazer croissants em casa é fazer a massa folhada (será para um próximo post). Se usamos massa folhada comprada pronta, a fabricação de verdadeiros croissants de Paris vira uma brincadeira. Na França croissants se comem exclusivamente no café da manhã (“Un café-crème et un croissant!” é o que você deve pedir de manhã num café parisense) e nunca são recheados (seria considerado um pecado gravissimo, apagaria todo o gosto de manteiga). O máximo tolerado por um Francês digno desse nome é passar um pouco de manteiga ou de geleia neles.
  • Um pacote de massa folhada
  • Uma gema de ovo
  • Um pouco de farinha e manteiga
Abra a massa folhada, dobre ela uma ou duas vezes sobre si mesmo (o importante na massa folhada é formar camadas) e abra ela com um rolo sobre uma superfície enfarinhada. Não faça ela muito fina, deixe uns bons 3 ou 4mm de espessura. Corte linhas na massa com uma faca, para formar rectângulos de mais ou menos 12x20cm. Corte uma diagonal em cada um desses rectângulos.
Enrole cada triângulo sobre ele mesmo, começando pela base de 12cm, mantendo a ponta mais ou menos no meio. Curve ele para formar um crescente, e coloque numa assadeira untada com manteiga.
Pincele cada croissant com um pouco de gema, e asse em forno bem quente (>250°C) por 20 minutos ou até que a gema esteja bem dourada.
Bon appétit!

Tartiflette

A tartiflette é um prato francês incrível, a base de batata, bacon e queijo Reblochon. É muito simples de fazer, é totalmente delicioso, mas, já vamos avisando, é bem longe de ser light… No norte da Europa se costuma comer tartiflette nas noites frias perto do natal, feitas em enorme frigideiras nas bancas das feiras natalinas. Você precisará, para 2 ou 3 pessoas:
  • 800g de batatas pequenas
  • 300 a 400g de bacon
  • 2 cebolas
  • 2 xícaras de vinho branco seco
  • 200g de creme de leite
  • 200g de queijo Reblochon (ou algo semelhante, como estepe, fontina ou brie)
Corte as batatas em 4 pedaços, e cozinhe com a casca (ou sem se prefere) em água fervente por uns 15 minutos. Cuide bem por deixa-las bem firmes, não cozinhe demais. Escorre.
Em uma frigideira grande, frite o bacon cortado em tirinhas até dourar. Acrescente as cebolas fatiadas. Quando tudo está bem dourado, coloque o vinho, e deixe cozinhar até quase todo o vinho evaporar e sobrar só um líquido grosso no fundo.
Acrescente então as batatas, o creme de leite e o queijo cortado em pedacinhos. Deixe cozinhar mais um pouco até o queijo derreter.

Gulash de peixe

O gulash é um tipo de ensopado muito comum no Leste europeu, originário da Hungria. Cada país ali tem sua variação, e tem muitas receitas. O que sempre tem no gulash é batata, pimentão e paprika. O resto pode variar, na versão mais conhecida vai carne também. Esta versão, com peixe, se come nas bordas do mar báltico. O repolho roxo é adição minha, facultativa.
  • 300-400g de peixe branco e firme (meca, cação, etc)
  • 2 batatas
  • 1 cebola
  • 2 pimentões vermelhos
  • 2 colheres de sopa de paprika (doce ou picante, como prefere)
  • 2 tomates
  • 1 colher de chá de alho triturado
  • 1 xícara de repolho roxo (facultativo)
Corte a cebola em fatias e refogue em um pouco de azeite de oliva. Adicione o pimentão cortado em pedacinhos. Refogue mais um pouco. Adicione as batatas e os tomates cortadas em cubos, o alho, o paprika e uma boa pitada de sal. Coloque 2 xícaras de água na panela e tampe. Cozinha por mais ou menos 20 minutos, ou até que as batatas estejam macias (adicione mais água se necessário). Adicione o peixe cortado em pedaços, tampe a panela e cozinhe por mais 5 minutos, sem mexer para não quebrar os pedaços de peixe. Sirva sozinho, ou acompanhado de pão ou arroz.

Maçãs assadas

É fácil muito fácil. Mas fica muito bom. Uma receita para os preguiçosos fazerem sucesso. Para 4 pessoas precisamos de:

  • 4 maçãs de tamanho médio (tipo “maçã da Mônica”)
  • 2 colheres de chá de manteiga
  • 12 colheres de chá de açúcar mascavo, que pode ser misturado com canela ¼ colher de chá 
  • 1 forma para assar
  • nata, sorvete ou creme de leite para acompanhar.
Lave as maçãs e faça um furo para tirar o miolo. Coloque em pé numa forma. Encha os furos das maçãs com açúcar mascavo (pode precisar mais se as maçãs forem maiores). Coloque 1 pedacinho de manteiga em cima de cada furo com açúcar. Assem por 40 min em forno alto (cerca de 290 graus).
Retire do forno e sirva mornas. Sozinhas ou acompanhadas de sorvete, creme de leite ou nata. Fica assim:
nham!
e se vocês, como eu, têm muuita preguiça e gostam muito de maçãs e peras.. vale a pena comprar este utensílio:

ele tira todo o miolo da maçã de uma vez! 😀

Steak, cheese and stout pie (torta de carne, queijo e Guinness)

Esta torta é uma adaptação do Jamie Oliver de um clássico dos clássicos inglês. Normalmente tem tortas de carne e queijo, carne e cerveja, etc… O Jamie Oliver montou esta aqui que é um mix de todas essas opções, e é uma verdadeira loucura. Depois de comer ela você nunca mais ousará dizer que comida inglesa é ruim. O grande ingrediente desta torta é a cerveja Guinness, uma famosa cerveja irlandesa escura, amarga, pesada e quase sem gás, que é muito apreciada na Inglaterra também (apesar deles pretender o contrário).
A versão do Jamie Oliver é bastante demorada a fazer, tem que cozinhar a carne no forno, etc… Simplifiquei um pouquinho, mas conte umas boas 2 horas para fazer. Não tem muita dificuldade, principalmente porque usamos massa folhada pronta (para não fazer como certa amiga nossa que passou a madrugada inteira fazendo massa folhada hein Gê). Para uma torta (3 pessoas):
  • 1 pacote de massa folhada congelada
  • 500g de carne bovina (lagarto, coxão mole, alcatra…)
  • 1 cebola grande
  • 2 cenouras
  • 2 ramos de salsão
  • 200g de cogumelo fresco
  • alecrim (fresco se possível)
  • 1 colher de sopa de farinha
  • 1 colher de chá de alho picado
  • 1/2 lata de cerveja Guinness
  • 150g de queijo cheddar (ou um pacote de queijo cheddar derretido)
Corte a cebola e rodelas, e refogue em uma panela grande, com uma colher de sopa de manteiga. Vai cortando e acrescentando os ingredientes nesta ordem: cenouras, salsão, carne (em cubos de 1 a 2cm), cogumelos. Adicione o alho, o alecrim, um pouco de sal, a farinha e cobre com a cerveja. Tampe a panela e deixe cozinhar por uma hora, mexendo de vez em quando.
No fim, boa parte da cerveja evaporou e se forma um molho escuro e espesso. Você deve cuidar para não ter um molho muito liquido, um recheio de torta deve ser bem sólido. Se precisar, deixe cozinhar um pouco mais sem tampa, para secar. Desligue o fogo, corte o cheddar em pedacinhos e misture com o resto.
Abre a massa folhada, e corte um terço. Abre os dois terços com um rolo, e forre com eles uma forma alta untada com manteiga. Enche com o recheio, a abre o terço faltante com o rolo. Cobre o recheio com ele, e dobre o excesso de massa por cima, para dar uma cara rústica.
Coloque em forno bem quente (>250°C), e asse por 40 minutos ou até que o topo comece a ficar bem dourado. Sirva com ervilhas (por exemplo cozidas no vapor) para ficar bem tradicional. Acompanhe, claro, com cerveja Guinness (ou outra cerveja escura).

冷やし中華 (Hiyashi chuka)

O Hiyashi chuka é um prato frio bem famos no japão, e especialmente aqui em São Paulo (meus dois favoritos são os do Mugui e daquele mini restaurante japonês que fica na galeria Paulista x Brigadeiro e que nunca sei o nome). No Japão só se come no verão, mas aqui temos mais sorte e tem o ano todo.
É fácil de fazer (para 4 pessoas):
  • 500g de soba (macarrão quadrado japonês)
  • 1 pepino japonês
  • 2 cenouras
  • 100g de carne de porco (qualquer pedaço serve)
  • 1 bloco de kamaboko (pasta de peixe japonesa)
  • 2 ovos
  • 1/4 repolho roxo
para o molho:
  • 1 xícara de água
  • 1/2 xícara de shoyu
  • 4 colheres de sopa de mirin (vinho branco licoroso japonês)
  • 2 colheres de sopa de vinagre de arroz
  • 1 colher de sopa de açúcar
  • 1 colher de sopa de óleo de gergelim
Se for procurar na internet, vai descobrir  várias outras receitas. Dá para acrescentar muitos outros ingredientes, como tomates, presunto, shiitake, etc… Os únicos que devem ficar sempre são o soba e o molho.
Comece por fazer as coisas que devem cozinhar: a carne de porco, o omelete e o soba. Corte a carne em fatias finas, e frite em um pouquinho de óleo. Depois, corte em tirinhas mais finas ainda.
Misture os ovos inteiros com uma meia-xícara de água, bate um pouco com um garfo para ficar homógeno, e despeje em uma frigideira quente untada com óleo. Deixe fritar por uns 2 minutos, inclinando a frigideira de vez em quando para o ovo ficar bem repartido, depois vire o omelete e frite mais 2 minutos do outro lado. Deixe esfriar e corte também em tirinhas.
Cozinhe o soba como indicado na embalagem, e despeja em um escorregador e adicione cubos de gelo. A massa tem que ficar bem fria.
Enquanto isso esfrie, corte os outros ingredientes em tirinhas, e prepare o molho misturando a xícara de água,  o shoyu, o açúcar, o mirin, o vinagre e o óleo de gergelim, misturando até dissolver o açúcar.
O prato se monta assim: Coloque soba no prato, depois cobre com os outros ingredientes até esconder todo o soba. Despeja bastante molho (tem que ficar bem ensopado, depois de comer o molho fica no prato), e coloque um pouco de mostarda (normalmente é mostarda amarela japonesa forte, mas mostarda comum serve também). E coma com palitos, claro!

Cantarelas

A cantarela é o melhor cogumelo do mundo (pelo menos para mim). Na Europa aparece em florestas (e consequentemente nas feiras e mercados) num período bem curto no fim do verão. Aqui no Brasil não cresce, portanto só se consegue importado, em vidros. Costuma ser bem caro, mas se tiver sorte (e ser frequentador da Casa Flora), você pode encontra-las numa promoção alcançável. Se estiver, não hesite!
Cantarelas são tão boas que devem ser preparadas no modo mais simples possível, com ingredientes de alta qualidade e que tem gosto bem leve, para não competir. Na imagem acima, simplesmente refoguei uma cebola cortada bem fino em uma colher de sopa de manteiga, acrescentei as cantarelas e deixe cozinhar por alguns minutos, só. Tempere com o mínimo possível, como uma pitadinha de sal e de pimenta preta
Um jeito bem simples de comê-los é acompanhar o refogado acima de um simples espaguete (escolhe um barilla, para ficar no nível dos cogumelos) cozido al dente e de creme de leite. Se fizer, não deixe de comentar abaixo!

Quesadillas

Quesadillas são uma outra maravilha que mexicanos inventaram com a tortilha. Se trata simplesmente de uma tortilha recheada com queijo (dai o nome) e outros recheios (alguns típicos são salsa, feijão ou molho de carne). Faremos aqui um bem básico com salsa.
  • 6 a 8 tortilhas (veja como fazer na receita dos burritos, ou compre pronto, marca Rap10, fica bem fácil e bem legal)
  • 4 ou 5 tomates
  • 2 cebolas
  • algumas folhas de coentro, salsa ou espinafre
  • 400g de queijo prato
Primeiro faça o molho: refogue as cebolas em um pouco de azeite de oliva. Quando estão dourando, acrescente os tomates cortados em cubinhos e as folhas cortadas também. Deixe cozinhar por uns 10 minutos. Corte o queijo em pedaçinhos ou passe no ralador.
Coloque uma tortilha numa frigideira, sem colocar nenhuma gordura. Deixe torrar um pouquinho e vire. Recheie uma metade com um pouco de queijo e uma boa colher de molho. Dobre, aperte bem com uma espátula para ficar bem chato, e deixe cozinhar por 2 minutos, até o queijo derreter.
Sirva com jalapeños, molho de chipotle ou qualquer outro tipo de pimenta ou molho de pimenta.

Hamburgers caseiros

Uma alternativa fácil e rápida ao famoso xis gaúcho é este pequeno hamburger caseiro que fazemos aqui de vez em quando. É fácil de reunir os ingredientes e fazer, fica muito mais saudável que qualquer hamburger de rua, e muito, muito melhor… Para 4 hamburgers (para 4 pessoas ou 2 pessoas bem famintas):
  • pães de hamburger com gergelim (se encontram em qualquer padaria)
  • 250g de carne moída de boa qualidade (coxão mole, alcatra, etc)
  • 3 tomates
  • algumas folhas de rúcula ou agrião (ou alface comum)
  • 4 fatias de queijo (daquele industrial derretido ou qualquer outro)
  • 1 colher de sopa de azeite de oliva
  • catchup, mostarda, maionese
  • temperos gostosos para a carne (cominho, pimenta, alho, ervas, páprica, noz moscada, canela, mostarda, alcaparras, o que quiser!)
Comece por fazer os hamburgers: Misture a carne com a sua seleção de temperos favorita (minha favorita: cominho, coentro em pó, mix mexicano, páprica doce, alho, uma meio colher de chá de cada). Misture bem com as mãos, e forme 4 bolinhas (mais ou menos 80g cada hambúrguer).
Achate as bolinhas com a mão para formar hamburgers um pouco maiores que o tamanho do seu pão (eles vão reduzir no cozimento).
Frite em uma frigideira com uma colher de sopa de azeite de oliva, por alguns minutos de cada lado, até que fiquem bem dourados.
Abre os pães, coloque uma fatia de queijo em cada, e um hamburger. O queijo típico de hamburger é esse que vem dentro de plásticos individuais, mas não hesite em trocar por algo menos industrial. Feche, coloque de volta na frigideira e faça peso com uma espátula. Torre assim de cada lado por um minuto ou dois.
 Enfim, abre os hamburgers e coloque o resto dos ingredientes: tomate, folhas, catchup, maionese e mostarda. Prontinho!

Couscous royal

O couscous (cuscuz) é sem dúvida o arroz com feijão de todo o Maghreb (Marrocos, Argélia, Tunísia). Tem milhões de receitas e modos de fazer, mas a combinação de base é sempre mais ou menos a mesma: Sêmola de trigo (o couscous), “sopa” de legumes e (opcionalmente) carne(s). A versão apresentada aqui não é nenhuma versão típica (embora seja mais de tipo marroquino, diz a Marina). Nos restaurantes, costumam chamar este couscous de royal quando tiver todas as opções (vários tipos de carne), mas você pode muito bem fazê-lo com um tipo só, ou mesmo sem carne nenhuma.
O ingrediente principal, a sêmola de couscous, é bastante fácil de encontrar no Brasil hoje em dia (tem na casa Santa Luzia, no Pão de Açúcar, etc). O segredo está no tempero, chamado ras-el-hanout. É uma mistura complexa de temperos, geralmente feita a base de cardamomo, cravo, canela, pimenta, coentro, cominho, cúrcuma e noz moscada, mas pode incluir vários outros ingredientes. No Brazil você encontra ele também chamado de “7 pimentas” ou “bahar”
  • 300g de sêmola de couscous
  • 300g de asas ou coxinhas de asas de frango
  • 300g de linguiça fina apimentada (merguez)
  • 300g de carne bovina (coxão mole, alcatra) em cubos
  • 1 cebola grande
  • 2 cenouras
  • 1 abobrinha
  • 200g de grão-de-bico seco
  • 1 quarto de abobora ou moranga
  • 1 xícara de uva passa verde
  • 1 tomate
  • 4 colheres de sopa de ras-el-hanout
  • 2 colheres de sopa de mel
  • 1 colher de chá de sal
O preparo todo dura mais ou menos 1h30. Comece por cozinhar o grão de bico numa panela de pressão com 1/3 de altura da panela de água, por mais ou menos 30 minutos contados a partir de quando a panela apita. Enfie os cubinhos de carne em palitos de churrasquinho, e dispõe todas as carnes numa assadeira. Asse em forno quente (>250°) por mais ou menos 1 hora.
Enquanto o grão de bico cozinha, corte os legumes em pedaços grossos (do tamanho de um morango). Quando o grão de bico cozinhou 30 minutos, deixe sair o vapor, abre a panela e coloque todos os legumes, o sal e o ras-el-hanout. Coloque um pouco de água se secou muito (o líquido tem que chegar mais ou menos a metade da altura da panela, estamos fazendo uma sopa!) e tampe a panela. Continue a cozinhar na pressão por mais 20 a 25 minutos.
Deixe novamente sair o vapor, abre a panela e adicione o mel e a uva passa. Deixe cozinhar sem tampar por mais 5 a 10 minutos. Enquanto isso, despeja o couscous numa tigela resistente ao calor, e faça ferver meio-litro de água. Despeje a água fervente em cima do couscous até cobrir todo o couscous (isso é a medida). Deixe assim sem mexer por 3 ou 4 minutos, depois mexe com um garfo. Se quiser, pode colocar alguns pedacinhos de manteiga por cima, e colocar no forno por alguns minutos.
Sirva as 3 partes, couscous, sopa e carnes, separadas ou monte os pratos colocando couscous primeiro, depois regue com a sopa, e coloque pedaços de carne por cima.

Rabanadas

Rabanadas são muito comuns no mundo inteiro (na Bélgica se chama pain perdu, ou pão esquecido). São fatias de pão amanhecido (pode ser feito com pão fresco também, mas não fica tão crocante) embebidos com leite, açúcar e ovo, fritas na manteiga. Excelente a qualquer hora do dia, mas devem ser feitas comidas na hora!
  • Algumas fatias ou pedaços de pão amanhecido
  • 2 gemas de ovo
  • 1 xícara e meia de leite
  • 1 xícara de açúcar
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • 1 colher de chá de canela
O preparo é fácil: Faça o molho misturando as gemas, o leite e metade do açúcar. Faça a cobertura misturando outra metade do açúcar e a canela. Esquente uma frigideira e derreta a manteiga nela. Passe os pedaços de pão no molho, frite por alguns minutos de cada lado, e por último passe eles na cobertura de açúcar. Deixe esfriar um minuto e come logo!

Pão de maçã

Acabei de inventar esta receita, tentando fazer um bolo de maçã para tardes chuvosas e me dando conta que não tinha ovos em casa (e, por causa da tarde chuvosa justamente, foi descartada a ideia de sair para comprar…). É muito fácil de fazer:
  • 3 maçãs
  • 250g de farinha de trigo comum
  • 2 colheres de sopa de manteiga
  • 2 colheres de chá de fermento para bolo
  • 1 colher de chá de canela
  • meia-xícara de açúcar
Descasque as maçãs, retire as sementes, corte em pedaços, e passe tudo no liquidificador, até ficar um puré, mas que tiver ainda uns pedacinhos maiores (o pão ficará mais interessante).
Coloque todos os demais ingredientes em uma vasilha, acrescente o puré de maçã, e misture bem. Coloque em uma forma untada com manteiga, e asse em forno quente (> 250°C) por 35 minutos.

Sole meunière

A sole é o nome francês do linguado, a meu ver o melhor peixe do mundo. A famosíssima maneira meunière significa basicamente passar o peixe na farinha, cozinhar ele na manteiga e comer com a manteiga dourada pelo cozimento e limão. Dizem que é a sole meunière que Julia Child comeu no dia que a fez dedicar sua vida à cozinha francesa.
Fazer esta receita é relativamente simples, só tem um segredo: Muita, muita, muita, muita manteiga. Para 4 pessoas:
  • 500 a 600g de filé de linguado rigorosamente fresco
  • 100g de manteiga (150g para os audaciosos)
  • 1 limão siciliano
  • 1 xícara de farinha comum de trigo

O preparo é muito rápido e tem que comer imediatamente, portanto comece o processo a seguir depois dos convidados já estarem sentados na mesa.

Espalhe a farinha em um prato. Passe os filés de peixe na farinha, de cada lado, até ficarem bem cobertos de farinha. Em uma frigideira (ou duas, os filés tem que ficar bem à vontade), derreta a manteiga. Quando estiver fervendo, coloque os filés. Deixe fritar por alguns minutos de cada lado, até eles ficarem bem marrons. Retire os filés e coloque imediatamente diretamente nos pratos dos convidados. Despeje por cima a manteiga amarronzada que ficou na frigideira, e sirva com um quarto de limão, para cada pessoa poder espremer na quantidade que quiser.
Acompanhe com batatas ou mandioquinhas cozidas no vapor (com um pouquinho de sal grosso, salsinha, queijo ralado e manteiga, por exemplo), uma salada verde e um vinho branco bem delicado como um vinho verde.

Iogurte caseiro com Bio Rich

Então… nas andanças da vida, eu acabei cruzando com esse “fermento de iogurte” lá na Casa Santa Luzia… lembrando que eu tinha lido boas coisas sobre fermentos de iogurte num livro, resolvi experimentar, apesar de não ser assim tãão barato.

Fica simplesmente o máximo!
Fazer esse iogurte é praticamente igual ao Iogurte Caseiro do blog, o que muda é apenas a mistura dos ingredientes, já que não temos o iogurte em pote.
Faça uma mistura com 4 colheres de sopa de nata e 4 colheres de sopa de leite em pó (se precisar coloque umas colheres do leite aquecido a 36 graus). Depois acrescente o leite aquecido como na receita anterior, misture bem e acrescente o fermento no final, misturando tudo mais uma vez…
Todo o resto é igual a primeira receita.
Nós achamos uns potinhos para papinha de bebê que são superbons para fazer iogurte. Não muda o gosto ou a textura, mas o iogurte dura muito mais pois fica fechadinho até a hora de comer.
Olha só:

Cremoso e delicioso!

Sauerbraten

Esta receita é uma adaptação de uma receita do Hank Shaw que é ela mesma uma adaptação de um clássico da cozinha alemã. O radical sauer- significa azedo, pois o molho é feito com vinagre e é azedo mesmo. Mas ficou realmente delicioso. O ideal é acompanhar com spätzle e couve roxa, ou, em caso de preguiça, com batatas ou massinhas, como aqui. A receita é relativamente simples de fazer, a única complicação é que a carne tem que ficar pelo menos 24 horas (um bom sauerbraten pode marinar por vários dias) na marinada…
  • 1kg de lagarto bovino
  • 2 cenouras
  • 1 cebola roxa
  • 3 ou 4 ramos de salsão
  • 1 colher de alho triturado
  • 1 colher de sopa de gengibre fresco cortado em pedaçinhos
  • 10 a 15 uvas verdes
  • 1 xícara de vinagre de maçã
  • 1 garrafa de vinho tinto seco (pode ser da pior qualidade, não gaste um vinho bom para cozinhar!)
  • algumas folhas de louro
  • tomilho (fresco ou seco)
  • 2 colheres de sopa de mostarda em grãos
  • sal e pimenta do reino
  • 2 colheres de sopa de manteiga (para o outro dia)
O preparo no dia antes é bem simples: corte todos os legumes em pedacinhos, e coloque em uma vasilha com todos os outros ingredientes. Mergulhe a carne nessa marinada, cobre com filme plástico (não vai querer que sua geladeira inteira pegue cheiro de sauerbraten) e coloque na geladeira até o outro dia.
No dia D, coloque duas colheres de sopa de manteiga ou azeite numa panela, e doure o pedaço de lagarto por algumas minutos de todos os lados. Passe ele para um prato que vai no forno, regue com umas colheres de sopa da marinada e asse em forno quente (>250°) por mais ou menos 50 minutos.
Em uma outra panela, coloque toda a marinada e ferve por 30 a 40 minutos, até que os legumes se desmanchem). Se secar muito, coloque um pouco de água no meio do cozimento. Todo o segredo do sauerbraten é no molho, portanto não hesite em deixar cozinhar um pouco mais se precisar, até ficar com consistência perfeita. No final, pode acrescentar uma colher de sopa de farinha se deseja engrossar um pouco.
Quando tudo for pronto, corte a carne em fatias, e despeja o molho por cima.

Fish cakes e couve-flor com molho de tomates

Esta receita é uma adaptação de 2 receitas (esta e esta) do Jamie Oliver. Ficou sensacional, e com cara bem inglesa, e exceto as anchovas os ingredientes são bem baratos. Você precisará de:
  • 1 couve-flor
  • 1 cebola roxa bem grande
  • 2 latas de tomates pelados
  • 1 colher de sopa de alho triturado
  • 1 xícara de azeitonas pretas
  • 1/2 xícara de vinagre
  • uma latinha de anchovas em óleo
  • tomilho, salsinha e louro
  • 5 ou 6 batatas grandes
  • 500g de filé de peixe (pode ser qualquer peixe, fresco ou congelado)
  • 1 colher de sopa de farinha
  • 1 ovo
  • sal e pimenta do reino
Comece por dourar a cebola com um pouco de azeite de oliva em uma panela grande. Acrescente o alho, as azeitonas e as anchovas, deixe fritar um pouco mais, acrescente o vinagre, os tomates pelados, encha uma das latas com água e acrescente. Esmague os tomates com um garfo, deixe cozinhar mais  uns minutos e coloque o couve-flor inteiro no meio do molho, apertando ele um pouco. Ele tem que ficar meio mergulhado no molho, meio para fora, ali está o segredo (depois quando comer, certas partes do couve-flor terão muito gosto do molho, outras não). Acrescente sal e pimenta do reino e deixe cozinhar com a panela tampada por 40 a 50 minutos.
Em outra panela, cozinhe as batatas descascadas e cortadas em cubinhos em água salgada, por mais ou menos 20 minutos ou até que estejam bem macias. Se usar uma panela que suporta um escorregador para cozinhar no vapor, melhor, você poderá cozinhar o peixe junto, em cima das batatas, por 5 a 10 minutos.
Escorre as batatas, esmague-las com um garfo, esmigalhe o peixe nelas, acrescente uma colher de sopa de farinha e o ovo. Misture bem. Forme bolinhos com a mão, e role eles na farinha. Frite eles em uma frigideira com um fundo de azeite de oliva (isto é, com bem pouco azeite, não imersos como um pastel), mais ou menos 5 minutos de cada lado. Tome cuidado na hora de vira-los, são frágeis.
Enjoy!

Frango com endívias e ameixas

Esta receita é outro prato que se come com frequência na Bélgica e na França. As endívias se cozinham de um jeito parecido como nos chicons au gratin, as ameixas dão um gosto bem diferente, mas no final sempre tem aquele delicioso contraste com o amargo da endívia. Para 4 pessoas famintas,

precisaremos de:

  • 800 a 1 kg de frango (qualquer pedaços, de preferência sobrecoxas ou um pouco de tudo)
  • 5 ou 6 endívias
  • 200g de ameixas secas (com ou sem carroço, sem fica mais fácil)
  • 1 cerveja(350ml) escura não doce (por exemplo Eisenbahn azul-escuro ou bohemia)
  • 2 colheres de sopa de manteiga
  • 2 colheres de sopa de açúcar mascavo
  • sal, pimenta do reino
Derreta a manteiga numa panela grande, coloque as endívias dentro, e o açúcar mascavo. Deixe as endívias fritar por alguns minutos, mexendo de vez em quando para que fritem de todos os lados e peguem bem o açúcar derretido. Quando as folhas externas começam a ficar bem transparentes e se separar,  coloque todos os outros ingredientes na panela, acrescente uma pitada de sal e de pimenta do reino, tampe a panela e deixe cozinhar por 40 minutos e fogo médio. Mexe de vez em quando para evitar que algum pedaço fique queimando no fundo.
Fica pronto quando o frango está bem cozido, com a carne se separa do osso, e que as endívias ficam bem macias e as folhas estão quase soltas. Mas como todos os cozidos, não faz mal se cozinha por mais tempo.
Acompanhe com arroz ou quinoa, uma salada verde, e a mesma cerveja que usou para cozinhar.