Massa com abóbora, queijo e rúcula

Mais uma receita fácil e saudável aqui no blog. E deliciosa, claro!
Para duas pessoas, vamos precisar de:

  • 300g de abóbora ou moranga +/-
  • 200g de queijo de minas fresco
  • 250g de macarrão (espaguetti ou talharim)
  • 1 cebola média
  • 1 maço de rúcula
  • azeite de oliva

Corte a cebola em tirinhas finas e refogue em um pouco de azeite de oliva, até ficar levemente dourada.
Acrescente aabóbora cortada em cubos pequenos (quanto menores, menos tempo demora para cozinhar) e refogue um pouco mais até ficarem macias. Se necessário acrescente água aos pouquinhos. Salgue a gosto.
Enquanto isso, ponha água para ferver numa panela para fazer a massa. Cozinhe a massa com um pouco de sal e azeite de oliva. Quando a massa estiver “al dente”, escorra e misture com a abóbora refogada.
Acrescente o queijo de minas picado em cubinhos e a rúcula. Se as folhas de rúcula forem muito grandes rasgue em pedaços menores. Vocêm podem misturar bem e servir ou montar um prato com macarrão, depois o refogado misturado com o queijo e por cima a rúcula. De qualquer jeito fica muito bom.
*As quantidades de cada ingrediente são genéricas, vocês podem aumentar ou diminuir cada uma seguindo o gosto pessoal.

Cheese pudding


É uma versão salgada do pudim de pão, e consta que é comum na Irlanda. Tradicionalmente você prepararia com pão de forma sem casca novinho, mas funciona muito bem para aproveitar qualquer tipo de pão “dormido” – comida irlandesa com jeitinho brasileiro!! Serve como um jantar mais leve, um acompanhamento no almoço ou até um lanche da tarde!

  • pão cortado em fatias uniformes, para fazer sanduíches
  • manteiga
  • queijo cheddar ralado ou outro
  • 4 ovos
  • 1 xícara de caldo de galinha ou leite
  • 1/2 xícara de creme de leite
  • pimenta do reino

Aqueça o forno. Prepare sanduíches com pão, manteiga e cheddar, e vá distribuindo-os “em pé”, lado a lado, numa forma untada. Se conseguir cortar os sanduíches mais ou menos em formato de triângulo, vai ficar mais bonitinho.
Bata os ovos com o caldo de frango (ou leite) e o creme de leite e derrame sobre os sanduíches, empapando-os bem.


Deixe repousar por 30 minutos, cubra com mais queijo ralado, pimenta moído, e leve ao forno até dourar.
Fica muito bom!

Mafé

O Mafé é um prato famosissimo do Mali e de toda a região da África ocidental. É feito de carne e vários legumes cozidos com massa de amendoim. É fácil de preparar, delicioso, mas tome cuidado, porque é bastante pesado. Na África, as pessoas fazem mais refeições que nós por dia, e comem bem menos que nós a cada refeição. Portanto, sirva porções pequenas. O mafé básico não é apimentado, mas os africanos gostam muito de pimenta, então sirva acompanhado de pimentas ou molhos de pimenta. Para 4 pessoas, você precisará de:

  • 600g de carne (contra-filé, acém ou coxão duro ficarão perfeitos, mas também pode ser feito com carne melhor, como coxão mole ou alcatra)
  • Um pau de mandioca
  • 2 ou 3 tomates
  • 1 ou 2 cebolas
  • legumes variados, tradicionalmente abóbora, pimentões e repolho
  • 200g de pasta de amendoim não adoçada (mais difícil de conseguir do que o amendocrem normal, mas tem na Liberdade ou no empório Roots)
  • sal

Corte a carne em cubos, e refogue com as cebolas cortadas bem grosso em uma panela com óleo. Quando começa a dourar, acrescente todos os legumes cortados em cubos, uma pitada de sal, tampe e deixe cozinhar. Se ameaça de grudar no fundo, adicione um pouco de água. Após mais ou menos 15 minutos, adicione a pasta de amendoim e um ou dois copos de água, e misture bem. Deixe coznhar por mais 15 a 20 minutos ou até que a mandioca esteja bem cozida. Se engrossar muito, acrescente mais água. Deve ficar um molho onctuoso, não uma pasta.

Acompanhe com arroz branco.

Uma particularidade interessante é que no Mali, o mafé, como as outras comidas, se come com as mãos. Como você é estrangeiro, geralmente lhe oferecerão uma colher, mas é bem mais interessante tentar adotar o jeito local. Use sempre a mão direita, porque a esquerda é reservada a higiene corporal. Uma jarra de água deve estar por perto. Antes da refeição, e depois cada vez que você deseja, lave as suas mãos. O seu vizinho despejará um pouco de água em cima delas. Fique atento para fazer o mesmo com seus vizinhos. A água cai no chão se for no exterior, numa bacia se for dentro de casa.
O arroz deve ser bem grudente para poder fazer bolinhas, e a comida, obviamente, deve ter esfriado um pouquinho, embora com prática você consegue pegar comida quente sem se queimar.

自家製の寿司 (Sushi caseiro)

No Japão, não se come sushi apenas em restaurantes. Muitas vezes se faz em casa, entre amigos, um pouco como um churrasco. Na nomenclatura que se usa no Brasil, não seriam exatamente sushis mas sim temakis, mas não Japão sempre ouvi dizer que “era tudo sushi mesmo”. Basicamente não tem nenhum sushiman, são os convidados que fazem seus próprios sushis. Ao contrário dos sushi de restaurante, a folha de alga é comida imediatamente, e fica bem crocante e bem deliciosa.

Especialmente em São Paulo, todos os ingredientes típicos são muito fáceis de encontrar. No bairro da Liberdade você acha tudo que quiser, muitas vezes muito mais barato que em outros lugares. Não tem realmente muita regras, desde que tenha algas em folhas (nori) e arroz. O resto é livre, recomenda-se usar a sua imaginação ao máximo. Mas é claro que nos queremos aquele gosto bem japonês, então vamos ficar com ingredientes mais tradicionais (quantidades para 4 ou 5 pessoas):

  • 500 – 600g de peixe fresco. Os mais usados são salmão, atum e robalo, mas dizem no japão que qualquer peixe serve. O importante é que esteja muito fresco. Não compre peixe pre-embalado, fale para o atendente que você vai fazer sushi, para ele saber que você precisa de peixe totalmente fresco. Se você tem dúvida, o melhor jeito de ter certeza é cheirar o peixe. Peixe bem fresco não tem nenhum cheiro estranho, apenas o cheiro do mar. Peça para cortar em filés.
  • Nori (algas em folhas), um pacote basta para 4 pessoas
  • Arroz para sushi (é um arroz mais redondinho que o comum)
  • Shoyu (compre logo uma garrafa grande)
  • Wasabi (mostarda japonês)
  • 2 cenouras grandes
  • 2 pepinos japonês
  • um pacote de kani congelado (palitinhos de peixe aromatizados)
  • um pacote de frutos do mar congelados (por ex. mix para paella)
  • Açucar
  • Sal
  • vinagre branco

Isto é o kit básico, mas pode variar a vontade, fazer só de peixe, dobrar a quantidade de peixe para os gulosos, acrescentar tirinhas de omelete (bem típico também), etc.

O preparo


O preparo da mesa vai relativamente rápido, mas reserva tempo suficiente para fazer um trabalho minucioso. O importante quando se trata de sushi é fazer um preparo bonito. Os cozinheiros japoneses sempre gostam de se inspirar de temas da natureza. Na foto aqui me inspirei de uma ponte de madeira que passa – bucolicamente – por cima das pedras molhadas…

Comece por lavar os pepinos e as cenouras, e cortar em tirinhas bem finas de 5 ou 6 cm de comprimento. Dispõe numa tábua ou num prato. Cozinhe os frutos do mar por alguns minutos no vapor, e deixe eles esfriar. Enquanto prepara o resto abaixo, cozinhe o arroz como indicado no pacote (ou como eu: ferva uma panela de água, quando ferve jogue o arroz, mexa de vez em quando e prove para ver quando está pronto).

Cortar o peixe é a fase mais delicada, mas não é tão complicado assim. Basta trabalhar com minucia. Pegue uma faca boa, isso é, grande e bem afiada. Lave os pedaços de peixe, e separe a pele, enfiando a faca por baixo e cortando o mais perto possível da pele. O principal é tentar deixar a carne do peixe bem inteira. Num ambiente profissional, você tiraria também partes que tem uma cor differente, mas isso é mais estético que gustativo.

Retire também todas as espinhas (no salmão, atum e robalo não vai ter quase nenhuma). Quando você tem seus blocos de peixe bem bonitos, corte tirinhas de 5 a 6 cm. Arrume por cima dos legumes. Corte os palitos de kani em dois, e arrume eles também na tábua. Coloque também os frutos do mar e todos os outros ingredientes que você tenha inventado.

Quando o arroz está cozido, escorra a água do arroz e deixe ele esfriar (pode passar água fria nele para acelerar). Prepare numa saladeira uma salmoura com 2 colheres de sopa de açucar, 2 colheres de chá de sal e um meia-xícara de vinagre. Misture bem até o sal e o açúcar ter totalmente derretido. Acrescente ao arroz e misture bem. Corte as folhas de nori em 4, e disponha na mesa, junto com o arroz, o prato de recheios, shoyu e wasabi. Coloque também para cada pessoa um potinho para colocar o shoyu, e palitos (hashi), e umas colheres para pegar o arroz. O resto se pega com os hashi. Quando está pronto, grite “ご飯!”, que quer dizer “arroz” mas também “está na mesa!”…

Como comer

Cada pessoa paga uma folha de nori, coloca nele um pouco de arroz, depois paga com os hashi os recheios que quiser. Enrole o nori, formando um cone (fica mais fácil para segurar, a parte menor do cone tem mais alga e fica mais sólida).

Depois, coloque um pouco de shoyu no potinho, misture um pouco de wasabi se você gosta mais picante, e mergulhe seu sushi. どうぞ食べてください。!

Fondue chinesa

Para estreiar o novo equipamento de fondue que recebemos do Virgílio e da Suryara, decidimos tentar uma fondue de carne. Tem dois tipos famosos, a fondue bourguignonne, onde a carne cozinha em óleo, e a fondue chinesa, onde cozinha em caldo de legumes. Fomos pela última, pareceu mais seguro para uma primeira vez. Ficou divertido e delicioso. Basicamente se prepara um caldo de legumes, pedaçinhos de carne e molhos. Em seguida, o caldo fica no centro da mesa, e cada convidado cozinha seus pedaços de carne nele e mergulha nos molhos.

O caldo

  • Dois cubos de caldo de legumes
  • Uma cebola
  • Duas cenouras
  • Dois ou três ramos de salsão
  • Um buquê garni (ramos frescos de alecrim, louro, estração, manjericão, manjerona e tomilho)
  • Sal e pimenta

Corte simplesmente todos os legumes, ate as ervas com um fio alimentar (não é indispensável, mas fica mais fácil para retirar eles depois), e jogue todos os ingredientes numa panela com 1 a 2 litros de água. Tampe e deixe ferver por mínimo meia-hora (mais tempo cozinha, melhor)

As carnes

Pode ir na fondue chinesa absolutamente tudo que quiser, não só carnes como também legumes e frutos do mar. Na foto acima, tinhamos :

  • Coxão mole e peito de frango, tudo cortado em cubinhos de 1 a 2cm de lado. Pedaços menores cozinham mais rápido.
  • Brócolis
  • Cogumelos comuns
  • Tofu

Mas também podem ir camarrões, outros tipos de carne, presunto, copa, cenoura, couve-flor, queijos, salame, enfim, qualquer coisa. Como a carne demora sempre um pouco para cozinhar, é bom ter coisas que podem ser comidas cruas (legumes, queijos, etc) também.

Os molhos

Os molhos são frios. Aqui novamente, o único limite é sua imaginação. Nos fizemos os molhos seguintes:

  • Molho de alho: Iogurte, maionese, alho triturado, um pouquinho de sal e de pimenta branca
  • Pesto: Manjericão, castanha de caju, azeite de oliva e sal passados no liquidificador
  • Molho rosé: Iogurte, catchup, molho inglês, cachaça e pimenta
  • Molho tahine: Iogurte, tahine e sal
  • Mostarda de Dijon
  • Lemon & Pepper: uma fabulosa mistura de temperos. Se compra pronta.

Modo de fazer

Coloque o caldo na panela do aparelho de fondue, alcool-gel no queimador, e ascende. Coloque todos os ingredientes na mesa. Cada um coloca um pedaço de carne ou legume no garfo, mergulha no caldo fervente e deixa cozinhar por uns 2 minutos (depende do tamanho dos pedaços e do tipo de carne). Também dá para colocar vários pedaços de carne no caldo, que os convidados pescam com o garfo.
Depois de acabar a carne, é de tradição de tomar uma xicara do caldo, que ficou incrivelmente delicioso.

Apfelstrudel


Com certeza todo mundo já ouviu falar desta clássica sobremesa alemã. Existem numerosas receitas mais complicadas uma que a outra, mas esta aqui é extremamente simples, desde que use massa folhada pronta (fazer massa folhada é um trabalho danado que vou tentar aqui um dia desses). É um bolo de massa folhada recheado com maçã, uva passa e castanhos. Você vai precisar de:

  • Um pacote de massa folhada congelada
  • 6 a 8 maçãs
  • 100g de uvas passas
  • 50g de castanha de caju esmagada
  • 2 colheres de sopa de manteiga sem sal
  • um ovo
  • 4 colheres de sopa de açucar mascavo

Descasque as maçãs, corte cada uma em 4, retire o miolo com as sementes. Corte em fatias finas. Coloque em uma panela com a manteiga e o açucar mascavo. Frite por 10 minutos, mexendo regularmente para que não queime. Quando começa a ficar bem dourado, acrescente as uvas passas e a castanha, mexe por mais alguns minutos.

Abra a massa folhada numa assadeira untada com óleo ou manteiga, e coloque o recheio em cima, deixando bordas bem largas para poder fechar sem forçar. Dobre a massa para fechar o strudel, usando um pouco de gema da ovo como cola.
Pincele o resto da gema no topo depois de fechado, e coloque em forno quente (> 200°c) por 40 minutos ou até que fique bem dourado.

Variação Gaúcha com molho Pebronata

Inventamos esse prato o outro dia, voltando do Zaffari com uma cuca gaúcha e um delicioso pedaço de fraldinha. Também tínhamos folhas de azedinha, fiz um molho pebronata, e o todo acabou em mais um jantar despretencioso. Não tem mais muita coisa de gaúcha além da cuca e da carne assada, mas ficou muito bom. Para reproduzir, você precisará de:

  • 1Kg de fraldinha ou de uma outra carne de boa qualidade (como coxão mole, alcatra ou algo melhor)
  • 1 cuca colonial, se trata de uma cuca sem frutas, típica do Rio Grande do Sul. Se encontra no Zaffari (shopping Bourbon, na barra funda)
  • Azedinha. É uma folha com gosto surprendente, azedo. Tem na casa Santa Luzia e em feiras de orgânicos.
  • sal grosso
  • 1 potinho de bacon (ou algumas tiras)
  • 1 cebola
  • 5 ou 6 dentes de alho
  • 2 tomates
  • 1 copo de vinho tinto
  • Ervas de provence frescas (alecrim, manjericão, sálvia, tomilho, manjerona, louro, estragão)

As folhas de azedinha e a cuca não precisam de preparo. Prepare a carne passando sal grosso nela. Você vai precisar de mais ou menos um punhado de sal. Passe ele na carne, de todos os lados, enfiando mais em todos os buracos e dobras que tenha seu pedaço de carne. Quando se faz churrasco, pode colocar tanto sal quanto quiser, mas como vamos assar no forno, o sal vai ficar na assadeira e temos que ter cuidado em não por demais.
Coloque a carne numa assadeira e leve em forno quente (250°). Vai demorar em torno de uma hora para assar. Não precisa virar a carne, quando chegar perto de uma hora, abra uma fenda na carne com uma faca para ver como está por dentro. Fica bom quando o centro da carne parou de ficar vermelho, mas ainda está bem rosa e tem bastante suco.

Enquanto a carne assa, frite o bacon, a cebola e o alho juntos numa panela. Quando estiverem bem dourados, acrescente os tomates cortados em cubos, deixe desmanchar por 5 minutos com a panela tampada, acrescente o vinho, deixe cozinhar por mais 10 a 15 minutos. Quando estiver quase pronto, acrescente as ervas cortadas bem fino, e cozinhe por mais um ou dois minutos.

Simples assim!

Nosso espaguete à Carbonara

No caso era um linguine (bavette da barilla). Tem muuito caldo, logo embaixo! 😀
  • 300g de bacon bem carnudo
  • 4 ou 5 cebolas médias
  • 300g – 400g de creme de leite (nata)
  • 6 a 8 gemas
  • leite q.b.
  • sal
  • pimenta
  • parmesão ralado
  • 1 pacote e meio de espaguete (ou outra pasta)

Essa é uma das nossas favoritas, e nossa receita é para 5 ou 6 gulosos.
São duas preparações, um “sofrito” e um creme:
primeiro, frite o bacon picado, (junte um pouco de azeite, se for necessário) até soltar bem a gordura. Acrescente a cebola picada finamente, em meia lua, e vá mexendo de vez em quando até quase caramelizá-la. Tempere com pimenta do reino moída na hora.
À parte, prepare o creme: misture as gemas e o creme de leite, e acrescente leite à vontade, até chegar na espessura que te apraz. Aqui, na nossa confraria, varia conforme o dia: às vezes, preferimos mais espesso, quase sem leite, e outras, com bastante leite pra ter “muito caldo”! Tempere com um pouco de sal e, se quiser, uma pitada de noz moscada.
Cozinhe o macarrão, escorra e misture os dois preparos. Sirva imediatamente. Com um vinhozinho, que ninguém é de ferro! 😉 E cada um acrescenta queijo a gosto no seu prato!

Dica:se o dia estiver frio, vale a pena aquecer os pratos antes, para que o espaguete não esfrie rápido demais, já que o creme estará na temperatura ambiente.

Αυγoλέμoνo – Sopa grega de galinha


Essa sopa é basicamente uma canja grega, fácil de fazer, com ingredientes que você possivelmente terá em casa. Porém, com os temperos helênicos, o sabor, para nós, parecerá inusitado. Vale muito a pena!

  • 600g de frango orgânico
  • 1 cebola cortada grosseiramente
  • 2 dentes de alho
  • 1 colher de azeite de oliva
  • 1 xícara de arroz
  • 2 ovos e 1 gema
  • 1 limão siciliano
  • cebolinha
  • tomilho
  • louro
  • pimenta branca em grãos


Refogue ligeiramente cebola, alho, frango, tomilho, louro e a pimenta. Junte água quente suficiente para cobrir (ou um caldo de legumes caseiro). Quando o frango cozinhar, retire e corte em pedacinhos. Reserve.
Refogue o arroz em um pouco de azeite e junte o caldo do frango. Quando o arroz estiver cozido, junte o frango picado. À parte, bata os ovos, a gema, e o suco do limão, e depois junte um pouco do caldo quente. Jogue a mistura de limão na sopa, mexendo sem parar, e cuidando para não ferver, senão pode coalhar! Junte a cebolinha e sirva imediatamente, com pão e queijo.

Torta de limão

Os ingleses costumam pretender que esta torta é uma receita francesa, mas não nos deixamos enganar tão facilmente assim, esta torta tem absolutamente todas as características de uma comida inglesa.

A massa:

  • 350g de farinha de trigo
  • 50g de açúcar
  • uma pitada de sal
  • 1 ovo
  • 50g de manteiga
  • meia-xicara de leite

Misture a manteiga com a farinha e o açúcar, depois acrescente os outros ingredientes e misture até obter uma massa bem lisa. Abra ela com um rolo de confeiteiro numa superfície polvilhada com farinha, até formar uma área maior que a sua forma de assar, unte a forma com manteiga, e coloque a massa dentro. Dobre tudo que sobra para dentro.

O recheio:

  • Suco de 3 ou 4 limões, dependendo de quanto ácida você quer a torta. Dá para fazer com limão tahiti ou siciliano.
  • 200g de açucar
  • 200ml de creme de leite
  • 3 ovos

Minha mãe faz uma versão um pouco diferente, onde ela acrescenta 75g de farinha de amêndoa e um pouco mais de açúcar, que dá um recheio bem mais sólido, mas o principio é o mesmo: coloque todos os ingredientes num recipiente e misture bem. Depois, despeje dentro da massa.

Asse por 40 minutos em forno bem quente (>250°C), e deixe esfriar antes de servir.

Peixe a delícia

Esta receita é na minha opinião uma das melhores comidas do Ceará, junto com a carne de sol com baião-de-dois, que tentarei fazer um dia desses. São postas de peixe assadas com bananas em um molho branco. eu também adiciono leite de coco, que não faz parte da receita original, mas que tem tudo a ver. Você precisará de:

  • Um peixe de bom tamanho, cortado em postas. Depende de quantas pessoas você planeja alimentar, digamos que para 4 ou 5 pessoas você precisa de um peixe de 1kg a 1.5kg. Pode ser a princípio qualquer um, já usei cação, tainha e outros dos quais não lembro o nome, todos ficaram ótimos.
  • Um vidrinho (200ml) de leite de coco
  • 6 ou 7 bananas prata
  • uma ou duas cebolas
  • 4 colheres de sopa de farinha de trigo
  • meio-litro de leite
  • 75g de manteiga
  • sal
  • 50g de queijo parmesão ralado

Unte um prato para assar com óleo ou manteiga, e dispõe as postas de peixe no fundo. Descasque as bananas, corte elas em dois no sentido cumprido, acomode elas entre as postas, e despeja metade do leite de coco por cima.
Em uma panela, derrete a manteiga, e frite a cebola cortada bem fininho. Quando fica dourada, adicione a farinha, misture bem, e faça um molho béchamel assim: Sem parar de mexer, acrescente leite aos poucos, deixe engrossar, acrescente mais leite, deixe engrossar de novo, e assim por diante. quando começa a não querer engrossar mais tanto, o molho está pronto.
Despeje o molho em cima do peixe, espalhe e regue com o resto do leite de coco. Polvilhe o parmesão ralado por cima.
Asse em forno quente (>250°) por mais ou menos 45 minutos. Sirva acompanhado de arroz branco (ou, como aqui, de arroz quilombola).

Bife Koygua

Esta receita paraguaia vem da nossa amiga Estela. Fazemos regularmente, fica ótimo quando faz frio, preparado com muita pimenta! Ingredientes, para 4 pessoas:

  • 6 ou 7 tomates
  • 4 cebolas
  • 3 ou 4 batatas
  • 4 bifes de carne bovina (normalmente se faz com carne de qualidade média, como coxão duro, mas qualquer pedaço serve)
  • 150g de queijo em fatias
  • 4 ovos
  • bastante pimenta vermelha da sua preferência, seca ou em óleo.
Doure as cebolas cortados em pedacinhos em uma panela com um fio de azeite, acrescente os tomates cortados em cubinhos, a pimenta, um pouco de sal, acrescente um copo de água e tampe a panela. Cozinhe por 15 minutos, mexendo de vez em quando. Acrescente as batatas cortadas em cubinhos, com ou sem a pele (eu sempre gosto de deixar a pele das batatas, é ali que estão as vitaminas), acrescente mais água se fica muito seco, e deixe cozinhar por mais 20 minutos.
Quando as batatas estão cozidas, frite rapidamente os bifes em um pouco de azeite, e acomode eles na pimeira panela, dentro do molho. Cobre cada bife com fatias de queijo, e quebra um ovo em cima de cada um. Tampe a panela e deixe cozinhar por mais 10 minutos.
Sirva sozinho ou com arroz, coloque vários molhos de pimenta na mesa e encoraje os seus convidados a usa-los!

Vlaams stoofvlees (Carbonadas a flamenga)


Aqui está outro ícone da cozinha belga: as carbonadas a flamenga, ou, em flamengo, vlaams stoofvlees. É basicamente um cozidão feito com carne, legumes e cerveja. É bem fácil de fazer e os ingredientes são fáceis de encontrar:

  • 8 a 10 batatas bem pequenas
  • 2 ou 3 cenouras
  • 2 belas cebolas
  • 600-700g de carne bovina em cubos. Pode ser qualquer tipo. Como na maioria dos cozidos, carne de menor qualidade funciona muito bem.
  • uma caixinha (+/-70g) de cubinhos de bacon
  • um pouco de pão, de preferência algumas fatias bem grossas de pão integral
  • uma lata de cerveja escura ou bock
  • mostarda (de tipo francesa, ou de Dijon)

Frite um pouco o bacon em uma panela, coloque por cima as cebolas cortadas em pedaços grossos. Deixe dourar, e acrescente as cenouras cortadas em pedacinhos, e as batatas cortadas em pedaços grandes, com casca. Acrescente toda a lata de cerveja, tampe a panela e deixe cozinhar por 20 minutos. Coloque os cubos de carne, e continue cozinhando por outros 20 minutos. Se seca muito, acrescente mais cerveja ou um pouco de água. Se você quiser dar um toque brasileiro, acrescentar um copinho de cachaça fica muito legal.

Do lado, torre as fatias de pão de cada lado por alguns minutos em uma frigideira. Passe uma generosa camada de mostardaem cada fatia. Mergulhe as fatias no cozido, e deixe cozinhar por mais 5 minutos, sem muito mexer para não desmanchar demais o pão. Pronto! Só falta abrir uma boa Chimay (cerveja escura belga), ou alguma outra cerveja bock ou escura não muito doce de preferência. Smakelijk eten!

Sopa de amendoim


Receita que aprendi com a Estela, minha amiga que viveu na Bolívia. Uma sopa bem substanciosa e picante, perfeita pra estes dias frios. É daquelas receitas que variam ligeiramente de família pra família, de região para região. Portanto, você pode simplesmente fazer a sua sopa de carne e legumes e acrescentar o amendoim (e muita pimenta!) no final.
Se quiser seguir minha receita, é mais ou menos assim:

  • 300-400g de carne para sopa (músculo, ossobuco, etc)
  • 1 ou 2 cebolas
  • 2 dentes de alho
  • 1 tomate picadinho (opcional)
  • 3 ou 4 batatas em cubinhos – “à jardineira”
  • 2 ou 3 cenouras em tirinhas – “à juliana” ou “julienne”
  • 100g de ervilhas frescas ou congeladas – já vem “em bolinhas”!
  • 1 xícara de amendoim cru sem pele
  • bastante pimenta vermelha, calabresa, biquinho, etc, a sua favorita.
  • sal

Sele* a carne em pedaços grosseiros, com azeite de oliva ou de amendoim, e depois acrescente a cebola e a pimenta picadas, alho e tomate, se quiser. Refogue um pouco, cubra com água quente e coloque na pressão. Deixe cozinhando por pelo menos 20 minutos, tire da pressão e acrescente os legumes, conforme sua dureza: batatas, depois cenouras e ervilhas (Eu gosto de tudo al dente, principalmente a cenoura, que acrescento por último), e mais água, se necessário. Se você tiver um caldo de carne ou legumes (não um tablete, um caldo feito em casa!) obviamente tudo ficará ainda melhor!
15 minutos antes de tudo estar cozido no ponto desejado, acrescentaremos os amendoins triturados no liquidificador. Você pode acrescentar um pouco d’água para facilitar esse processo, obtendo o creme que é adicionado à sopa. (Eu trituro sem água por gosto de sentir alguns pedacinhos do amendoim.)
Ajuste o tempero e sirva! Vai dar vontade de fazer de novo!

Truque: Para pelar o amendoim, basta cobrí-los com água fervente, que as peles se soltarão facilmente entre os dedos (espere a água esfriar um pouco, para não ser sua a pele que se soltará entre os dedos!!). Facilmente, mas um a um. Então, se quiser facilitar AINDA MAIS, compre um ou dois pacotinhos de amendoim sem pele (aqueles para aperitivos) e aí é só triturar. Mas cuidado, pois estes costumam já vir salgados!

*Definindo: “Selar” significa dourar a superfície da carne rapidamente em uma superfície bem aquecida (panela, grelha ou forno) para fechar, encerrar, a superfície, evitando a perda dos sucos naturais da carne e reduzindo o ressecamento. Portanto, espere até que se forme uma ‘casquinha’ torrada em um lado da carne para então virá-la do outro lado.
Fonte: SIC – Serviço de Informação da Carne

Fondue de queijo

Claro que todo mundo conhece a famosa fondue de queijo, prato nacional da Suíça, mas talvez você ache que se trata de uma receita hipercomplicada, que só consegue comer se comprar pronto naquelas caixinhas e cozinha em um aparelho especial para fondue.Você não poderia estar mais longe da verdade! É extremamente fácil de fazer, os ingredientes são simples e baratos, e não precisa de aparelho nenhum. Tudo que você precisará é um pouco de inventividade para montar o suporte da panela, por isso esta receita ganhou de alguns indivíduos de poucos escrúpulos o apelido de “fondue McGyver”. Os ingredientes são simples: 600 a 700g de queijo, pão, vinho branco, e velas tipo “réchaud”, que você encontra facilmente na Tok&Stok, por exemplo.

O queijo pode ser de qualquer tipo, desde que derreta. Queijos de tipo minas e parmesão são portanto excluídos, porque não derretem bem. Os queijos de fondue tradicionais são os gruyère, emmental e fontina, mas queijos mais básicos como queijo mussarela ou até queijo prato também funcionam. Eu costumo pegar metade mussarela (aquela bem comum mesmo, o queijo mais barato do mercado) metade gruyère ou emmental.

O pão pode também ser qualquer um, desde que você possa cortar cubinhos nele. Eu costumo comprar um desses pães italianos compridos. O vinho branco deve ser seco, mas pode ser qualquer um, o mais barato que você encontrar servirá perfeitamente. Não adianta usar um vinho muito bom porque o sabor se dissolve completamente. Para acompanhar, o vinho suíço típico é um vinho branco chamado fendant, mas algum outro branco seco combinará perfeitamente. Tomamos um vinho verde que ficou perfeito!

A receita é simples: Corte o(s) queijo(s) em cubinhos, coloque em uma panela e cubra com vinho branco. Coloque em fogo baixo, e deixe derreter lentamente, sempre mexendo com uma colher. Vai bem rápido, entre 5 e 10 minutos. Quando todo o queijo derreteu, está pronto, leve para a mesa.

Apenas cuide para não deixar a panela muito tempo no fogo, pois o queijo já vai começar a endurecer de novo. Tem que aproveitar o momento melhor para por a fondue na mesa.

Na mesa, coloque 5 ou 6 velinhas em cima de alguma tábua (para proteger a mesa), e coloque por cima uma grelha, por exemplo, como aqui, a grelha do fogão. Coloque a panela em cima.

Cada pessoa espeta um cubinho de pão num garfo, e mergulha no queijo. Na Suíça, fazem questão que quem deixar cair o pão no queijo tenha que fazer um castigo, decidido pelos outros. Depois de alguns copos de vinho branco, esse jogo fica também bem mais legal…

Você pode tranquilamente começar com pouco queijo, e, quando tudo for comido, traga a panela de volta para o fogão, adicione mais queijo e se necessário vinho, derreta e traga na mesa novamente. Pode repetir isso várias vezes, aliás fica cada vez melhor.

Bouillabaisse

A bouillabaisse é um ensopado de peixe típico da Provença (região do sul da França), mais especificamente da cidade de Marseille. Existe uma enorme quantidade de receitas diferentes, mas o dia que descobrimos esta num livro da Mariel, foi uma revelação. Mesmo se você for Francês, aposto que nunca comeu uma Bouillabaisse igual. A receita é bastante complexa, mas seguindo o planejamento milimétrico a seguir, não haverá erro…

1. Ingredientes

Aqui está tudo que precisa: Peixe branco (cação), peixe gorduroso (sardinha), açafrão, alho, azeite de oliva, pão, bouquet garni, cebolas, alho porro, salsão, funcho, tomates, laranja, salsinha, harissa, puré de tomate e maionese.
Normalmente, a bouillabaisse é feita com peixes típicos da Provença, portanto se trata aqui de uma abrasileiração, mas o importante é usar tipos diferentes de peixe, como uma combinação de cação ou garoupa (brancos) e cavalinha ou sardinha (gordurosos). O bouquer garni é um maçinho de ervas de provença (se encontra no mercado municipal de São Paulo). Se não tiver, use simpesmente ervas de provença secas.

O harissa é uma pasta de pimenta da Tunisia, se encontra na casa Flor em São Paulo. Se não tiver, use qualquer outra pimenta vermelha.

2. Caldo de peixe

Na hora de comprar peixe, tente comprar alguns peixes inteiros. Geralmente é fácil comprar sardinhas inteiras, peça para o vendedor apenas limpa-las, deixando-las inteiras. Corte a cabeça e o rabo das sardinhas , reserve o resto, e coloque as cabeças e rabos em uma panela. Cobre com água e deixe ferver por 15 a 20 minutos com a panela tampada. Eu também acrescento um pouco de caldo de camarão em pó, que comprei no mercado municipal, para dar mais gosto. Coẽ, reserve o caldo.

3. Marinada

Esmague 6 ou 7 dentes de alho (ou use duas colheres de sopa de alho triturado), e coloque numa tigela com 3 colheres de sopa de azeite de oliva, um meio-envolope de fios de açafrão, e duas colheres de sopa de água fervente.

Corte os peixes em pedaços bem grandes, e coloque eles na marinada, separando os gordurosos dos brancos. De vez em quando, mexe neles para que fiquem bem impregnados de marinada. Deixe marinar enquanto execute os passos seguintes.

4. Rouille

A rouille é um molho também típico da Provença, a base de alho e pimenta. A versão que faremos aqui leva também maionese, o que não é muito ortodoxo, mas combina muito bem com o resto do cardápio. Misture numa tigela 2 colhers de sopa de alho triturado, 3 colheres de sopa de puré de tomate, 3 colheres de sopa de maionese e uma colher de chá de harissa ou de alguma outra pimenta vermelha. Cuidado, se você usar outra pimenta, talvez precisa ajustar a quandidade! Misture bem tudo, e reserve.

5. Sopa de legumes

Limpe os legumes, retire a parte verde de um alho porro, e corte ele em rodelas. Retire as folhas de um funcho, e corte o bulbo em fatias.Separe 5 ou 6 talos de salsão, retire as folhas, e retire os fios duros com um descascador. Corte em fatias.
Corte também duas cebolas em fatias finas. Coloque o todo em uma panela, com 2 ou 3 colheres de sopa de azeite de oliva e uma boa pitada de sal. Refogue por alguns minutos.

Corte também 5 ou 6 tomates em cubinhos. As receitas sempre dizem para retirar os sementes e a pele, mas nunca faço isso… Separe a casca de uma laranja. Coloque tudo no refogado. Acrescente o bouquet garni, ou um generoso punhado de ervas de provence.

Acrescente o caldo de peixe que fizemos mais cedo, e deixe cozinhar por 30 a 40 minutos com a panela tampada. Acrescente água de vez en quando se seca muito. Perto do fim, acrescente um pouco de salsinha picada.

6. Croûtes

Corte alguns pão francês ou baguete em fatias grossas, e passe azeite de oliva em cima das fatias com um pincel. Asse em forno quente (> 200°) por 10 a 15 minutos.

7. Cozimento dos peixes

Assim que o caldo de legumes estiver pronto, podemos colocar os peixes neles, juntos com toda a marinada deles. Os peixes gordurosos cozinham um pouco mais tempo que os brancos, portanto começa com eles, e acrescente os brancos alguns minutos depois. Cozinhe com a panela semi tampada. O cozimento total é muito rápido, menos de 10 minutos. Duas coisas são importantes: Não mexer, senão os peixes se desmancham logo, e que o caldo esteja fervendo fortemente. Coloque em fogo bem alto antes de acrescentar os peixes.

Após 10 minutes, retire com cuidado os peixes do caldo. Jogue fora a casca de laranja e o bouquet garni, para evitar que eles caiam no prato de alguém.

8. Servindo

Sirva pedaços de peixe com muito ensopado por cima. A bouillabaisse se come com as croûtes e a rouille em acompanhamento. O rouille serve para colocar no pão, mas dá também para colocar um pouco no ensopado, fica delicioso.

Acompanhe com um vinho branco seco. No dia em que fiz, saímos esta fabulosa garrafa de Corbières 2004, que compramos numa daquelas promoções incríveis da casa Flora.

Torta Tatin

Já que estamos numa série de tortas, não podia faltar esta, mesmo se, infelizmente, vai fazer o número de receitas francesas ultrapassar as belgas. Esta torta tem esse nome por causa, diz a legenda, das irmãs Tatin, donas de um hotel na França, que, um belo dia, resolveram cozinhar um doce de maçãs. O doce deu errado, então para tentar consertar, cobriram as maçãs com uma massa brisée, e assim nasceu esta famosa torta virada.

  • A massa brisée

Essa massa está no meio do caminho entre uma massa sablée (massa podre) e uma massa croûte (massa croquante). Misture 250g de farinha, 125g de manteiga sem sal, uma pitada de sal, uma pitada de açucar, e uma gema de ovo, e sove até ficar como uma farofa bem grossa e húmida. Acrescente leite, aos poucos, sem para de sovar, até atingir uma consistência bem plástica e um aspecto liso.

  • A torta

Aqueça o forno a 250°.
Descasque 8 a 10 maçãs, corte em quartos e remove as sementes. Na forma que você vai usar para assar a torta (tem que ser uma forma alta, sem pedaço removível), coloque 150g de mainteiga sem sal, e 150g de açucar cristal. Coloque em cima da chama do fogão, e mexe com uma colher de pau até que forme um caramelo marrom claro.
Dispõe os pedaços de maçã na forma, faça uma camada mais compacta possível. Cobre com um papel de alumínio, e asse por 15 a 20 minutos.

Tire do forno, e retire o papel de alumínio. Abra a massa brisée com um rolo de confeiteiro, e coloque ela em cima das maçãs. Se ela for maior que a forma, simplesmente dobre tudo que ultrapassa por dentro. Asse por mais 20 minutos, até que a massa comece a ficar dourada.

Desenforne a torta imediatamente, colocando um prato maior em cima da forma e virando. Cuidado com os respingos de caramelo, queima muito. Sirva morna, com nata, chantilly ou sorvete de creme.

Torta de açúcar mascavo

Esta torta é uma outra receita bem tradicional do centro da Bélgica. Se faz normalmente com uma variedade local de açúcar marrom, chamada sucre candi, que tem um gosto um pouco diferente do açúcar mascavo, mas a torta fica ótima com um ou com o outro. É bem fácil de fazer. Se faz com qualquer tipo de massa, mas eu tenho uma fraqueza especial por massa podre, portanto é ela que vai nesta receita. Você vai precisar de:

  • 250g de farinha
  • uma pitada de sal
  • 150g de manteiga
  • 100g de açúcar cristal
  • 300g de açúcar mascavo
  • 1 ovo e duas gemas
  • 250g de creme de leite

Misture a farinha, o sal, a manteiga, o açúcar cristal e um ovo. Sove bem até formar uma massa bem homógena e lisa. Unte uma forma de pizza com manteiga, e espalhe a massa nela com as mãos., até ocupar toda a área da forma e das bordas.

Coloque o açúcar mascavo em cima, espalhe por toda a torta.

Misture o creme de leite com as duas gemas, e espalhe por cima. Coloque em forno preaquecido a 250°C, e asse por 25 minutos ou até que a mistura de creme de leite fique bem dourada. Deixe esfriar antes de servir.

Chicons au gratin


Esta receita é um outro clássico da cozinha belga. É um prato gratinado de endívias carameladas enroladas em presunto e queijo, e cobertas de um molho béchamel (molho branco). As endívias são bastante amargas, e os outros ingredientes contrebalançam a amargura, formando um conjunto delicioso.“Chicon” é como são chamadas as endívias na Bélgica. A endívia é um legume parecido com um repolho chinês. Diferentemente da França, onde são chamadas “endives” mesmo, e ficam bem verdes, as da Bélgica ficam brancas, porque são cultivadas com pouca luz. Em São Paulo, se encontram facilmente em muitos supermercados.

Você vai precisar, para 4 pessoas, de:

  • 8 a 10 endívias
  • 200g de presunto fatiado
  • 400g de queijo prato fatiado
  • 2 colheres de sopa de açucar mascavo
  • 100g de manteiga
  • 4 colheres de sopa de farinha
  • 500ml de leite

Derrete uma colher de sopa de manteiga numa frigideira, e adicione duas colheres de sopa de açúcar mascavo. Frite por alguns minutos todas as endívias, um pouco de cada lado.

Depois, embale cada uma em uma fatia de presunto e uma fatia de queijo (ou mais, dependendo do tamanho das suas endívias. Só guarde um pouco do queijo para dispor em cima ddo prato depois).

Acomode elas em um prato untado com manteiga.

Prepare um molho béchamel assim: Derrete o resto da manteiga (+/- 100g) numa panela. Acrescente 4 colheres de sopa de farinha, ou mais, até formar uma pasta. Fique mexendo sem parar. Acrescente o leite aos poucos, deixando engrossar entre cada vez. Cada vez vai demorar mais e engrossar menos. Não pare de mexer. Desligue o fogo quando chega na consistência que você quer.

Cobre os chicons com o molho, e espalhe o resto do queijo cortado em pedaçinhos (ou ralado) para cima.

Finalmente, coloque em forno bem quente (250° ou mais), e asse por 50 minutos. Sirva com arroz, salada verde, ou qualquer outro acompanhamento que combine com molho béchamel.

Saucisse, compote, purée

O que está aqui acima é o prato favorito das crianças belgas. Saucisse é linguiça, compote é puré de frutas, no caso aqui de maçã, e purée é puré de batatas, como você sabe. Como é um ícone cultural belga, é bem diferente do que se come aqui no Brasil, e já que todo mundo adora, é imprescindível que esteja neste blog. As quantidades são para 4 pessoas.
  • A puré de batatas
Você precisará de 1kg de batatas, pegue as maiores possíveis, já que você vai ter que descascar! Descasque elas, corte em cubinhos e cozinhe em água salgada até que elas se esmaguem facilmente apertando com um garfo. Isto é mais ou menos 30 minutos. Escorre a água, acrescente um ovo inteiro, uma meia-xicara de leite, uma pitada de noz moscada e outra pitada de pimenta do reino. Esmague bem tudo, e acrescente mais sal se falta.
  • A puré de maçã
Você precisará de 1kg de maçãs, qualquer tipo serve. Quando é para cozinhar, não tem tanta importancia, portanto sugiro que você compre simplesmente as mais baratas… Descasque as maçãs, corte em 4, retire a parte central que tem as sementes, corte em cubinhos e coloque numa panela com uma boa colher de sopa de manteiga, duas colheres de sopa de açucar mascavo, uma pitada de canela e uma outra pitada de sal. Deixe cozinhar com a panela tampada.
Mexe com frequencia com uma colher, e quando começa a secar e queimar no fundo, acrescente um meio copo de água. O cozimento vai levar uns 25 minutos, provavelmente você vai precisar acrescentar água 2 ou 3 vezes. Eu gosto de deixar queimar um pouquinho mais tempo que deveria no fundo da panela, dá um gostinho caramelado bem legal…
  • A linguiça
Compre 600g de linguiça. Pode escolher qualquer uma, os belgas gostam das mais fininhas, de carne de porco, mas qualquer uma serve. Simplesmente coloque em uma frigideira que tenha tampa. Fure as linguiças com um garfo, tampe e deixe fritar na própria gordura. Tampe a panela, vire de vez em quando. Quando você acha que está pronto, corte uma das linguiças para ter certeza que está bem cozido.